Se você faz parte do grupo de brasileiros que decidiu empreender sabe que a boa gestão financeira do negócio é uma das partes mais importantes - e desafiadoras - desse processo.
Uma forma de alavancar os resultados de uma empresa é investir parte do lucro e fazer o dinheiro trabalhar para você. A boa notícia é que existem diversas opções de investimentos para pessoas jurídica!
Nesse artigo vamos te mostrar as principais opções para investir enquanto empresa. Continue a leitura para aprender a valorizar os frutos do seu negócio e garantir que ele vá de vento em popa 💸
Qual a importância dos investimentos empresariais
O objetivo de todo negócio é faturar mais e, consequentemente, ver sua margem de lucro aumentar, certo?
Nesse processo, um erro que muitas empresas cometem é deixar seu capital de giro, e até a reserva para futuras expansões, parados na conta corrente. Investir os recursos da empresa é uma parte importante do planejamento financeiro e indispensável para o crescimento e expansão do negócio. Além disso, os investimentos PJ servem para:
- construir uma reserva de emergência;
- diversificar as fontes de lucros;
- proteger o capital da empresa;
- diversificar o patrimônio;
- fazer melhorias no negócio.
Existem uma série opções para investir enquanto pessoa jurídica. Para fazer boas escolhas, além de entender os objetivo do negócio, é importante conhecer as particularidades de cada investimento, como tributação, risco, prazos e formas de remuneração.
A seguir falaremos um pouco sobre os principais tipos de investimentos empresariais, para que você seja capaz de encontrar aquele(s) que melhor atende(m) as necessidades do seu empreendimento.
Tipos de Investimentos Empresariais
A variedade de investimentos empresariais é um pouco menor quando comparada a de pessoas físicas. Títulos do Tesouro Direto, por exemplo, não estão disponíveis para empresas.
Ainda assim, existem muitas opções tão interessantes quanto, que oferecem bons rendimentos com baixo risco e alta liquidez. Olha só:
CDB para PJ
Os Certificados de Depósito Interbancários (CDBs) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para bancar seus custos de operação. É possível encontrar CDBs com características diversas, o que impacta diretamente no resultado do investimento. Com relação à forma de remuneração, por exemplo, existem títulos prefixados, pós-fixados e híbridos.
Os prazos de vencimento também variam bastante, e é importante ficar atento já que isso é o que define quando você vai poder resgatar o dinheiro investido. De maneira geral, investimentos com prazos maiores costumam entregar resultados melhores.
Por oferecer risco mais controlado, é considerado um investimento conservador. Além disso, a sua segurança também está no fato de contar com a proteção do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito. Em caso de falência da instituição financeira, esse órgão garante o ressarcimento de até R$250 mil por CNPJ.
O valor mínimo para investir nesses títulos é bastante variável, podendo ir de R$100 a R$10.000 ou mais. No Inter, com R$100 você investe em um CDB de liquidez diária que rende 100% do CDI. Essa é uma ótima opção para colocar o dinheiro do caixa e deixá-lo rendendo!
Poupança PJ
A poupança PJ é um tipo de investimento voltado exclusivamente para pessoas jurídicas. Ela também é um produto de renda fixa, e seu rendimento é atrelado à taxa Selic.
Apesar de haver similaridades com a poupança para pessoa física, existem algumas diferenças. O rendimento da poupança PJ é uma delas, e funciona da seguinte forma:
Depósitos feitos até 03/05/2012
- Remuneração trimestral de 1,5% + TR (Taxa Referencial), sempre no aniversário da conta.
Depósitos feitos a partir de 04/05/2012
- Selic igual ou menor que 8,5% ao ano: 70% da Selic + TR
- Selic maior que 8.5% ao ano: 1,5% + TR
Além disso, as contas poupança de algumas empresas podem sofrer com a cobrança do Imposto de Renda (IRPJ) sob o valor investido, coisa que não acontece em hipótese alguma com a modalidade para pessoas físicas. No final desse artigo explicaremos em quais casos isso ocorre.
LCI para PJ
Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) são títulos emitidos por instituições financeiras, sociedades de crédito imobiliário e hipotecárias para financiar empreendimentos do setor imobiliário.
Assim como no CDB, existem LCIs com diferentes rentabilidades e prazos de vencimento. Isso faz com o que seja possível alcançar bons resultados mesmo sendo títulos de renda fixa. Elas também contam com a cobertura do FGC.
Para pessoa física, esse investimento é isento de Imposto de Renda, mas o mesmo não acontece com empresas. Por isso, no fim das contas, não apresentam tantas vantagens quando comparadas a um CDB, por exemplo.
Debêntures
Debênture também é um investimento de renda fixa (haja opção, né?). Elas são títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos ou reestruturar o negócio.
Existem diversos tipos de debêntures disponíveis no mercado, com diferentes finalidades, valores e prazos de aplicação.
O investidor que adquire uma debênture está emprestando seu dinheiro para uma empresa com a promessa de receber uma remuneração definida no momento da aplicação. Em geral, esses investimentos são mais interssantes para o médio e longo prazo, já que costumam ter baixa liquidez.
Um ponto de atenção é que esses títulos não são cobertos pelo FGC. Isso significa que, se a empresa declarar falência, você pode perder o dinheiro investido.
Fundos de Investimentos
Diversificação é uma palavra chave para quem investe, e os fundos de investimento são uma boa alternativa para conquistar isso. Eles reúnem vários investidores, chamados de cotistas, que confiam a um gestor a aplicação desse montante, com base em uma estratégia predefinida.
A natureza das aplicações define o tipo de fundo, que pode ser de renda fixa, multimercado e de ações, por exemplo. Dentro disso, é possível encontrar estratégias mais arrojadas e conservadoras, e também fundos com maior e menor liquidez.
Esses ativos também sofrem com a cobrança de IOF, nos primeiros trinta dias, e também do Imposto de Renda, variando de de 15% a 22,5%, de acordo com o prazo e tipo do fundo.
Qual investimento para empresas escolher?
Antes de saber qual investimento é melhor para sua empresa, é importante identificar seu perfil de investidor. As possibilidades são conservador, moderado e arrojado, e elas se diferenciam, principalmente, pela tolerância do investidor ao risco.
Feito isso, o próximo passo é entender a realidade financeira da sua empresa, seus objetivos e planejamento. Com essas informações bem claras você consegue avaliar os prazos e formas de remuneração dos investimentos e encontrar aquele(s0 que melhor atende(m) as necessidades do seu negócio.
Como funciona a tributação dos investimentos PJ
No caso do CDB, os rendimentos são tributados pelo IOF, que começa em 96% no primeiro dia e é zerado no 30º dia após a aplicação, e pelo Imposto de Renda no resgate, de acordo com a tabela regressiva:
Prazo do investimento | Alíquota do IR |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% |
Como explicamos anteriormente, diferentemente da poupança para pessoa física, a poupança PJ sofre com o desconto do IR. Nesse caso, a cobrança depende do tipo de instituição que abriu a conta. Empresas sem fins lucrativos, como associações e condomínios, são isentas do IR anual. Já aquelas que possuem fins lucrativos, devem pagar o imposto sobre o valor investido. A cobrança também é no resgate e as alíquotas e prazos seguem a tabela acima.
Já nas debêntures funciona da seguinte forma: os rendimentos de debêntures não incentivadas são tributados pelo IR no resgate, seguindo a mesma tabela dos CDBs e da poupança. As debêntures incentivadas, por outro lado, contam com a isenção do imposto.
Os fundos de investimento também são tributados pelo IR, mas isso varia de acordo com o tipo do fundo. Na maioria dos casos, a cobrança é feita de forma antecipada através do come-cotas.
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Agora que você já sabe como e onde realizar investimentos empresariais, é hora de colocar a mão na massa.
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