O capital de giro é determinante para a saúde financeira de qualquer negócio, mas, coincidentemente é um ponto negligenciado no planejamento financeiro de muitos empreendedores.

Nesse post a gente mostra como calcular o capital de giro de sua empresa, além de compartilhar dicas para você gerir bem esse valor em diferentes momentos.

O que é capital de giro?

Capital de giro é o valor que a empresa tem disponível para bancar suas atividades e honrar com seus compromissos financeiros como salários, pagamentos de impostos, custos operacionais, etc., sem a necessidade de buscar capital de terceiros.

Ele é um componente de negócio essencial para que a empresa continue operando, independentemente da adimplência de clientes ou de queda nas vendas causada por períodos de sazonalidade.

É importante não confundir o capital de giro com o lucro, pois o primeiro sempre deverá ser usado para reinvestir 

na empresa.

Tipos de capital de giro

  1. Capital de giro líquido: todos os ativos circulantes de uma empresa, ou seja, ativos que têm liquidez imediata e podem ser usados para o pagamento de despesas como: valor disponível na conta corrente, valor em caixa, estoque, etc.;
  2. Capital de giro próprio: capital que a empresa dispõe em caixa sem precisar de solicitar empréstimo de terceiros;
  3. Capital de giro associado a investimentos: dinheiro do caixa da empresa que já está destinado ao pagamento de empréstimos e financiamentos.

Importante: reativos como máquinas, veículos ou imóveis não entram na conta de despesas cotidianas por não terem liquidez imediata.

Como calcular o capital de giro de sua empresa?

O capital de giro líquido de sua empresa é o resultado de uma conta simples: Ativo circulante – passivo circulante.

Na qual o ativo circulante é uma somatória de todas as contas que você tem a receber naquele momento + dinheiro disponível em aplicações com liquidez imediata + valor disponível em estoque + dinheiro na conta corrente.

Enquanto o passivo circulante se refere ao valor mínimo que a empresa precisa para operar normalmente, incluindo contas a pagar + custos do negócio + impostos + salários + pagamento de fornecedores, etc.

Para que uma empresa seja saudável financeiramente o resultado dessa soma deve ser sempre positivo.

Uma forma de calcular o capital de giro necessário para sua empresa é somar todas as despesas mínimas de funcionamento e multiplicar esse valor por 6. Assim, seu negócio teria o funcionamento garantido por pelo menos um semestre, mesmo que as vendas saiam aquém do esperado. 

Capital de giro na prática

Que tal um exemplo para visualizarmos a importância do que estamos falando aqui?

O dono de uma papelaria comprou um estoque de 100 mochilas, de olho na volta às aulas. Ele pagou R$30 reais em cada mochila e pretende vender o produto por R$65. Porém, ele conseguiu vender apenas metade do estoque, sendo 25 à vista e 25 a prazo.

Fazendo a conta, o empreendedor gastou R$3 mil na compra das mochilas e vendeu R$3.250, mas R$1.625 ele vai receber só daqui 30 dias. Isso significa que ele teve um déficit momentâneo de R$1.375.

Nesse meio tempo, a loja passou por um alagamento e foi necessário fazer pequenos reparos no valor de R$700, e parte da receita das vendas foi usada para o pagamento de salários. Ou seja, para ter um negócio financeiramente saudável, o empreendedor teria que ter o valor necessário para pagar todas as despesas mínimas + o valor dos reparos (que se trata de uma despesa pontual) sem depender da entrada dos pagamentos futuros.

Como ter capital de giro em diferentes momentos

A única forma de garantir que sua empresa terá capital de giro suficiente para se manter é tendo um bom planejamento financeiro.

Nesse post aqui você pode conferir algumas dicas de gestão financeira para sua empresa. Entre as boas práticas recomendadas pelo Sebrae também estão:

  1. Identifique e corte gastos;
  2. Tenha disciplina para manter seu planejamento financeiro;
  3. Faça uma previsão de datas sazonais para seu negócio nas quais você pode faturar acima ou abaixo da média;
  4. Sempre que “tirar dinheiro” reponha na mesma quantia;
  5. Saiba negociar com fornecedores e clientes;
  6. Antecipe pagamentos a receber.

Sobre essa última dica, o Inter oferece a opção de antecipação para nossos clientes que possuem conta PJ com uma das melhores condições do mercado. Aproveite para saber mais

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Ana Cecilia NogueiraAnalista de Conteúdo e CRM

Jornalista que se descobriu no marketing digital.

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