Copom mantém a Selic para 15% ao ano, descubra o que muda no seu bolso!

Você já ouviu falar sobre a taxa Selic, mas não tem certeza do seu significado exato e de como ela pode influenciar a sua vida, não é mesmo?

A taxa Selic hoje é um termo muito utilizado no universo financeiro, sendo relevante tanto para quem realiza investimentos como para aqueles que não estão familiarizados com o assunto.

A boa notícia é que você está no lugar certo e vamos te ajudar a entender de um jeito simples como a taxa Selic pode impactar o seu cotidiano. Mas como a taxa Selic pode afetar você, mesmo que você não seja um especialista em finanças?

Por isso, mesmo que você não seja um especialista em economia, é importante acompanhar às mudanças na taxa Selic, pois elas podem afetar o seu bolso e as suas decisões financeiras.

Mas, desde quando existe a taxa Selic?

A taxa Selic foi instituída em 1986 e, ao longo dos anos, passou por diversas mudanças e variações, refletindo as condições econômicas do país e as políticas monetárias adotadas pelo Banco Central

O histórico da taxa Selic desempenha um papel fundamental no mercado financeiro brasileiro, exercendo influência direta sobre os investimentos, empréstimos e financiamentos realizados por pessoas e empresas.

Se você está se perguntando como começar a investir, existem diversas opções disponíveis. É importante considerar seus objetivos financeiros, tolerância ao risco e horizonte de investimento. 

Por isso, é fundamental entender alguns conceitos, como a taxa Selic, que é a taxa básica de juros no Brasil e influencia diversos investimentos, como títulos públicos e alguns tipos de renda fixa. 

Ao buscar informações e educar-se sobre investimentos, você estará preparado para dar os primeiros passos rumo a uma jornada de crescimento financeiro.

O que é a taxa Selic?

A Selic, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Quem define a taxa Selic é o Comitê de Política Monetária (COPOM), que é responsável por definir a política monetária no Brasil.

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é utilizada como referência para a remuneração de diversos investimentos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, fundos de renda fixa, entre outros. Também, serve como parâmetro para o cálculo de juros em empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras.

O principal objetivo da taxa Selic é controlar a inflação, sendo uma das ferramentas do Banco Central para garantir a estabilidade da moeda e o equilíbrio da economia. 

Quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a taxa Selic para tornar o crédito mais caro e desestimular o consumo, o que ajuda a controlar a demanda e a inflação.

Rafaela Vitória, nossa economista-chefe, comenta decisões do Copom e impactos na economia.

Como funciona a taxa Selic?

Quando a economia precisa crescer, o Banco Central pode reduzir a taxa Selic para tornar o crédito mais acessível e incentivar os investimentos e o consumo. Quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a taxa Selic para tornar o crédito mais caro e desestimular o consumo, o que ajuda a controlar a demanda e a inflação.

A cada 45 dias, a taxa Selic é divulgada periodicamente pelo Banco Central do Brasil, e suas decisões de alteração são amplamente acompanhadas pelo mercado financeiro e pelos investidores, pois têm um grande impacto nas finanças pessoais e no cenário econômico do país.

Além de controlar a inflação, a Selic também pode ser usada para:

  • Regular a quantidade de dinheiro na economia;
  • Incentivar ou desestimular o consumo;
  • Atrair ou repelir investimentos estrangeiros;
  • Manter a estabilidade cambial;
  • Proteger o poder de compra da população.
Gráfico mostrando o aumento da taxa selic hoje de 15% comparado com o IPCA
IPCA x Selic

Qual a taxa Selic hoje?

Em julho de 2025, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic para 15% ao ano. Esse órgão, responsável pela condução da política monetária do país, toma essa decisão a cada 45 dias, visando equilibrar fatores como inflação, crescimento econômico e emprego, de modo a promover a estabilidade financeira e o desenvolvimento sustentável da economia nacional.

Os sinais de desaceleração da economia ainda são moderados e a potência da política monetária ainda é impactada pela expansão fiscal. Por outro lado, as novas tarifas americanas devem contribuir para a deflação de bens nos próximos meses, bem como uma desaceleração da atividade global, o que deve ajudar no processo de desinflação no Brasil. O desempenho da política fiscal será fundamental para que esse processo se consolide. 

Caso o governo continue flertando com medidas de mais gastos, podemos ver a demanda aquecida mantendo a inflação mais persistente e alongando o aperto monetário.

Qual a taxa Selic dos últimos 12 meses?

Período de vigênciaTaxa Selic % a.a.
31/07/202515,00%
20/06/2025 - 30/07/202515,00%
08/05/2025 - 19/06/202514,25%
20/03/2025 - 07/05/202514,25%
30/01/2025 - 19/03/202513,25%
12/12/2024 - 29/01/202512,25%
07/11/2024 - 11/12/202411,25%
19/09/2024 - 06/11/202410,75%
01/08/2024 - 18/09/202410,50%
20/06/2024 - 31/07/202410,50%
09/05/2024 - 19/06/202410,50%
21/03/2024 - 08/05/202410,75%
01/02/2024 - 20/03/202411,25%
14/12/2023 - 31/01/202411,75%
03/11/2023 - 13/12/202312,25%
21/09/2023 - 02/11/202312,75%
03/08/2023 - 20/09/202313,25%
22/06/2023 - 02/08/202313,75%
04/05/2023 - 21/06/202313,75%
23/03/2023 - 03/05/202313,75%
02/02/2023 - 22/03/202313,75%
08/12/2022 - 01/02/202313,75%
Banco Central

Qual é a data da próxima reunião do Copom?

MêsData da Reunião Copom
Janeiro28 e 29 de janeiro
Março18 e 19 de março
Maio6 e 7 de maio
Junho17 e 18 de junho
Julho29 e 30 de julho
Setembro16 e 17 de setembro
Novembro4 e 5 de novembro
Dezembro9 e 10 de dezembro

O Banco Central divulgou oficialmente o calendário de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para o ano de 2025. As reuniões, que ocorrem bimestralmente, têm como objetivo avaliar a conjuntura econômica e definir a taxa básica de juros, a Selic. Em 2025, estão previstas 8 reuniões, com datas distribuídas entre janeiro e dezembro, começando nos dias 28 e 29 de janeiro e encerrando nos dias 9 e 10 de dezembro. 

A publicação antecipada do calendário permite que agentes econômicos, investidores e instituições financeiras se organizem com maior previsibilidade, reforçando a transparência e a credibilidade da política monetária brasileira.

Como a taxa Selic afeta o meu bolso?

A taxa Selic pode afetar significativamente a sua vida financeira de diversas maneiras. Suas variações têm impacto direto em diversos aspectos do cenário econômico nacional. Aqui estão algumas formas como a taxa Selic pode influenciar no seu dia a dia:

1. Inflação:

Quando a inflação está acima da meta estabelecida, o Banco Central pode elevar a taxa Selic para desestimular o consumo, reduzir os gastos e, assim, conter a alta dos preços. Isso pode afetar o poder de compra dos consumidores, tornando os produtos e serviços mais caros.

2. Empréstimos e financiamentos:

Quando a taxa Selic está alta, os bancos tendem a elevar as taxas de juros cobradas em empréstimos e financiamentos. Isso torna o crédito mais caro, dificultando o acesso ao crédito e aumentando o custo das parcelas de empréstimos já contratados.

3. Investimentos em renda fixa:

A taxa Selic também influencia diretamente os rendimentos de investimentos em renda fixa, como a poupança, CDBs, títulos públicos, entre outros. Quando a taxa Selic está alta, a rentabilidade desses investimentos tende a ser mais atrativa. Por outro lado, em períodos de baixa Selic, os rendimentos podem ser menos expressivos.

4. Investimentos em ações:

Indiretamente, a taxa Selic pode influenciar o mercado de ações. Quando a Selic está alta, algumas pessoas podem preferir investir em renda fixa, o que pode diminuir a demanda por ações e, consequentemente, afetar os preços no mercado acionário.

5. Crédito imobiliário:

As taxas de juros dos financiamentos imobiliários também são impactadas pelas variações da taxa Selic. Quando a Selic está baixa, as taxas de juros dos financiamentos costumam ser mais atraentes, o que pode facilitar o acesso à casa própria.

6. Endividamento:

Em períodos de alta da taxa Selic, o endividamento das pessoas tende a se tornar mais pesado, especialmente para aqueles que possuem dívidas com juros flutuantes, como cartão de crédito e cheque especial. Nesses casos, o custo das dívidas aumenta, tornando mais difícil o processo de quitação.

Banner Taxa Selic

O que eu faço se a Selic cair?

Quando a taxa Selic cai, os juros cobrados em empréstimos tendem a ficar mais baixos, o que pode facilitar o acesso ao crédito e estimular o consumo. Confira o que você pode fazer:

  • Revisar os seus investimentos;
  • Renegociar dívidas;
  • Aproveitar as oportunidades de crédito;
  • Revisar o planejamento financeiro;
  • Investir em renda variável.

E se caso a Selic aumentar?

Se a taxa Selic aumentar, os juros tendem a subir, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo. Muita gente não sabe, mas taxa Selic também influencia nos rendimentos de investimentos como a poupança e títulos públicos. Ou seja, para quem já é investidor, quando a taxa Selic está alta, a rentabilidade desses investimentos pode ser mais atrativa e vantajosa. Entenda o que pode ser feito:

  • Diversificar a carteira;
  • Aproveitar títulos indexados à inflação;
  • Investir em títulos de renda fixa;

Qual a relação da taxa Selic e o CDI?

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, que influencia as operações de crédito no país. Já, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), é uma taxa de juros que reflete as operações de empréstimos realizadas entre os bancos.

Ambos os indicadores são essenciais para a formação de preços de diversos produtos financeiros, como investimentos em renda fixa, empréstimos e financiamentos. Eles também desempenham um papel crucial no planejamento financeiro das instituições financeiras e dos investidores.

Portanto, a taxa Selic e o CDI são ferramentas importantes para o monitoramento da política monetária, para a estabilidade econômica e para o funcionamento do sistema financeiro brasileiro. Seus movimentos conjuntos têm impacto direto na vida dos cidadãos, na economia e nas oportunidades de investimento e crédito no país.

Noções básicas de economia: o que é Selic, CDI, Inflação e mais!

Conheça os melhores investimentos atrelados à taxa Selic

Tesouro Selic:

O Tesouro Selic é um título público emitido pelo Tesouro Nacional e tem como rendimento a própria taxa Selic. É um investimento de renda fixa com baixo risco, pois possui garantia do governo federal. Além disso, é uma opção de investimento com liquidez diária, o que permite ao investidor resgatar o dinheiro quando precisar.

Fundos de investimento em renda fixa:

Existem fundos de investimento que têm como objetivo acompanhar a variação da taxa Selic. Esses fundos podem ser uma opção para quem busca diversificar seus investimentos em renda fixa e não deseja investir diretamente no Tesouro Selic.

Certificado de Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária:

Alguns bancos oferecem CDBs com rendimentos atrelados à taxa Selic e com liquidez diária. Esses CDBs permitem que o investidor resgate o dinheiro a qualquer momento sem perder rentabilidade, o que pode ser interessante para quem precisa de flexibilidade no investimento.

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) pós-fixadas:

Algumas instituições financeiras emitem LCAs e LCIs pós-fixadas, cujos rendimentos são atrelados à taxa Selic. Esses investimentos têm a vantagem de serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Viu como é simples? Continue acompanhando em nosso blog e fique por dentro do mercado financeiro.

https://static.bancointer.com.br/blog/author/images/3d8891c3641348828093b8bca9d47f29_analista-de-renda-fixa-do-inter-com-formacao-em-ciencias-economicas-e-mba-em-financas-possui-certificacao-cnpi-e-quase-10-anos-de-experiencia-no-mercado-financeiro.jpg
Rafael WinaldaAnalista de renda fixa do Inter

Formação em ciências econômicas e MBA em finanças. Possui certificação CNPI e quase 10 anos de experiencia no mercado financeiro.

Gostou? Compartilhe