A palavra garantia no mundo dos investimentos pode parecer um tanto inadequada. Afinal, quando falamos de mercado, mesmo os investimentos considerados seguros podem sofrer com a volatilidade.
Por isso, se você é daqueles que quer diversificar a carteira, mas possui perfil conservador ou não gosta de correr riscos, os investimentos cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito podem ser ótimas escolhas.
O que é o FGC?
O Fundo Garantidor de Crédito, ou FGC, é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que busca trazer mais proteção e evitar grandes perdas de patrimônio do investidor caso haja uma crise financeira nas instituições bancárias. Dessa forma, se a instituição em que o capital foi aplicado pelo investidor vier a falência, ele consegue recuperar todo ou parte do que foi perdido.
Apesar de uma crise de crédito sistêmica ainda não ter acontecido no Brasil, é comum o investidor conservador buscar por ativos cobertos pelo FGC na hora de montar sua carteira de investimentos para tentar garantir maior estabilidade.
O Fundo Garantidor de Crédito é formado por depósitos das instituições financeiras associadas, são elas: Caixa Econômica Federal, bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias e associações de poupança e empréstimo.
O Banco Central determina que a associação ao FGC seja obrigatória às instituições financeiras que recebem depósitos à vista ou prazo em contas de poupança, realizem aceite em letras de câmbio, captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, hipotecárias, de crédito imobiliário ou de crédito do agronegócio, ou captem recursos por meio de operações compromissadas, tendo como objeto títulos de emissão de empresa ligada.
O Inter é um dos associados ao FGC e você pode conferir a lista completa das instituições.
Quais investimentos ele protege?
Antes de falar quais investimentos são cobertos pelo FGC, é importante ressaltar que há um limite do valor que poderá voltar ao investidor. O teto é de R$ 250 mil e possui limite de R$ 1 milhão a cada 4 anos. Esse valor é por CPF/CNPJ e inclui todas as instituições, ou seja, independente de quanto o investidor tenha aplicado em cada uma dessas instituições, o FGC só irá retornar até R$ 250 mil do capital. Em caso de conta conjunta, o valor é dividido igualmente entre as partes, R$ 125 mil para cada. Mas afinal, qual o investimento mais seguro?
As modalidades protegidas pelo FGC incluem vários investimentos em renda fixa: CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB (Recibos de Depósitos Bancários), LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), LC (Letras de Câmbio) e LH (Letras Hipotecárias). Todos os depósitos feitos à vista ou sacáveis mediante a aviso prévio e depósitos de poupança também são cobertos pelo FGC. Assim como as operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.
Já os fundos de investimentos, incluindo a previdência privada (VGBL ou PGBL), não são cobertos pelo FGC. Isso porque os fundos de investimentos são constituídos coletivamente e seu patrimônio pertence a várias pessoas. Ou seja, eles funcionam como uma forma de captação de dinheiro para que depois esse valor seja investido no mercado. Os fundos de investimento possuem seu próprio regulamento e em caso de quebra da instituição, os cotistas podem optar por outra instituição, não havendo prejuízo.
Anualmente, o FGC divulga em seu site oficial o relatório anual informando qual o saldo disponível no fundo. De acordo com o censo realizado pelo Banco Central, os depósitos elegíveis à garantia totalizavam R$ 2,3 trilhões em dezembro de 2019. Para mais informações, acesse o Fundo Garantidor de Crédito.
Qual o seu momento como investidor?
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Ficou alguma dúvida sobre o FGC ou sobre a plataforma de investimentos do Inter?