Entenda quanto rende 1 milhão por mês na Poupança, CDB e outros investimentos

Quanto rende 1 milhão por mês é uma dúvida cada vez mais comum para quem decide começar a investir e quer entender o potencial de retorno do mercado financeiro. Não à toa, esse questionamento ganha força em um cenário no qual o interesse por investimentos cresce no Brasil e atrai cada vez mais pessoas para diferentes tipos de aplicações.

Segundo a Anbima, o país pode ter 18 milhões de novos investidores em 2025, e entre aqueles que pretendem investir ou continuar no mercado, 33% apontam o retorno financeiro como principal motivação. Diante desse cenário, entender esse potencial de ganho é essencial para planejar melhor o futuro e aproveitar as oportunidades disponíveis.

Para saber mais sobre o assunto, basta ler este conteúdo até o fim. Por meio dele você descobrirá quanto rende 1 milhão no CDI por mês em diferentes tipos de investimentos e quais são os tipos de aplicação que existem no mercado e se é possível viver de renda com R$ 1 milhão.

É possível viver de renda com R$ 1 milhão?

Sim. Se o valor for aplicado em investimentos de renda fixa que rendem em média 0,5% ao mês, a pessoa terá cerca de R$ 5 mil por mês. Esse valor pode ser suficiente para quem busca um padrão de vida moderado, desde que haja planejamento e controle financeiro.

No entanto, se a intenção for manter uma renda mensal mais alta, será necessário diversificar os investimentos em opções que ofereçam maior potencial de retorno, como fundos imobiliários ou ações.

Nesses investimentos, a renda varia conforme as condições do mercado: alguns meses podem trazer ganhos maiores, enquanto outros apresentam quedas. Por isso, é essencial ter preparo, disciplina e uma reserva de segurança para manter a estabilidade financeira.

Quais são os tipos de aplicação?

Os principais tipos de aplicação são renda fixa, que inclui títulos públicos, CDBs e LCIs; fundos imobiliários, que geram rendimentos com aluguéis e valorização; ações, que oferecem participação em empresas e dividendos; fundos de investimento, que reúnem ativos variados; e investimentos no exterior, como ETFs, ações e fundos internacionais.

Cada opção apresenta níveis diferentes de risco e retorno. A renda fixa, por exemplo, garante mais previsibilidade, enquanto ações e fundos podem oferecer ganhos maiores, mas com mais volatilidade. Essa oscilação pode resultar em meses de forte valorização ou em períodos de perdas.

A seguir, vamos ver quanto rende 1 milhão por mês em algumas aplicações, entender como funciona o rendimento e conhecer as taxas que podem impactar o resultado.

Quanto rende 1 milhão por mês?

O rendimento de R$ 1 milhão depende do tipo de aplicação escolhida. No Tesouro Selic, por exemplo, com as taxas de setembro de 2025, o valor gera aproximadamente R$ 12,5 mil mensais. Esse resultado varia conforme as condições do mercado e o perfil do investimento.

Além disso, cada aplicação apresenta características próprias: algumas priorizam segurança e previsibilidade, como o Tesouro Selic e os CDBs, enquanto outras, como fundos imobiliários e ações, têm potencial de ganhos maiores, mas trazem mais risco e volatilidade.

A seguir, você confere em detalhes quanto cada opção pode render e quais cuidados devem ser considerados.

Poupança

É a aplicação mais tradicional e funciona com base em dois componentes: a Taxa Referencial (TR) e um adicional que varia conforme a Selic, definida pelo Banco Central:

  • Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês mais TR;
  • Quando está igual ou abaixo de 8,5%, rende 70% da Selic mais TR.

Em 2025, com a Selic atual de 15% ao ano, a poupança rende aproximadamente 0,5% ao mês. Isso significa que, com R$ 1 milhão, você terá cerca de R$ 5 mil por mês. Por isso, é considerada uma aplicação segura, mas com baixo retorno. Se preferir, veja na prática quanto rende 1 milhão na poupança e veja se vale a pena.

Tesouro Selic

Título público classificado como de baixo risco e também acompanha a taxa Selic, que corresponde a aproximadamente 1,25% ao mês. Com R$ 1 milhão, o retorno seria próximo de R$ 12,5 mil mensais, antes de taxas e impostos.

Nesse sentido, a principal vantagem é que o Tesouro Selic oferece boa liquidez, enquanto a desvantagem está na tributação do Imposto de Renda e no retorno menor em períodos de queda da taxa Selic. Veja também quanto rende 1 milhão no Tesouro Direto em diferentes períodos.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Emitido por bancos para captar recursos. Ao investir, você empresta dinheiro ao banco e recebe juros em troca. Além disso, o CDB pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido (atrelado a índices como CDI ou IPCA).

Em média, um CDB híbrido que paga IPCA + 6% ao ano pode render cerca de 11,23% ao ano com a inflação atual, que está cerca de 5,23% ao ano, o que equivale a aproximadamente R$ 9,3 mil por mês sobre 1 milhão.

Quanto maior for o prazo e o risco do banco, maior a taxa oferecida. Existem CDBs com liquidez diária, que permitem resgatar o dinheiro no mesmo dia da solicitação, e outros que exigem prazos de resgate maiores e podem chegar a mais de 90 dias.

Nesse caso, o prazo impacta diretamente a rentabilidade, já que as instituições costumam oferecer taxas mais atrativas para quem mantém o investimento por mais tempo.

LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)

As LCI e LCAfuncionam de forma semelhante ao CDB, pois também captam recursos para financiar projetos. A diferença é que, nesse caso, o foco está no setor imobiliário e no agronegócio. Além disso, oferecem a vantagem da isenção de IR para pessoas físicas.

Na prática, uma LCI com taxa prefixada de 9% ao ano geraria em torno de R$ 7,5 mil mensais para 1 milhão. Embora sejam consideradas seguras, podem ter prazos de carência, períodos em que o dinheiro fica bloqueado e não pode ser resgatado.

CRI e CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio)

Os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadoras para financiar projetos específicos. Esses títulos pagam juros prefixados ou atrelados a índices, como IPCA ou Selic.

Exemplo: um CRA com taxa prefixada de 10% ao ano geraria cerca de R$ 8,3 mil mensais para 1 milhão. Esses ativos oferecem bom retorno, mas apresentam risco maior que títulos bancários, já que não contam com a garantia do FGC.

LC (Letra de Câmbio)

Assim como os CDBs, as Letras de Câmbio são títulos emitidos por financeiras. Mas, por serem oferecidas por instituições menores, costumam pagar taxas mais altas.

Além disso, a LC pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida (por exemplo, IPCA 5,23% + taxa fixa). Nesse cenário, um título IPCA + 5% poderia render algo próximo de 10,23% ao ano, cerca de R$ 8,5 mil mensais para 1 milhão.

LF (Letra Financeira)

Voltada para investidores de médio e longo prazos, a Letra Financeira é emitida por bancos e não conta com a cobertura do FGC. Em geral, paga taxas atreladas ao CDI ou ao IPCA.

Exemplo: LF a 110% do CDI poderia gerar cerca de R$ 13,8 mil mensais para 1 milhão. Apesar do bom retorno, apresenta menos liquidez.

Debêntures

Diferente dos títulos bancários, debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Esses papéis podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos (ex.: IPCA + 8%). Nesse cenário, uma debênture prefixada a 13% ao ano renderia cerca deR$ 10,8 mil por mês para 1 milhão.

Além disso, algumas apresentam isenção de IR, mas o risco é maior, já que depende da saúde financeira da empresa emissora.

Por essa razão, diversificar entre debêntures e outros produtos reduz riscos e aumenta o potencial de ganho. Cada investimento tem características únicas, e compreender o destino do capital aplicado é tão importante quanto o valor investido.

No próximo tópico, vamos montar uma tabela com essas simulações para mostrar quanto rende 1 milhão por mês em cada tipo de aplicação e apresentar os valores de forma clara, para ser possível comparar os resultados.

Tabela: quanto rende 1 milhão em diferentes aplicações?

Os valores abaixo consideram as taxas médias de setembro de 2025. É importante destacar que esses números podem variar de acordo com as condições do mercado e a escolha dos investimentos. Lembrando que a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos.

Tabela de Investimentos

Tipo de aplicaçãoRendimento mensal aproximadoValor total em 1 ano
PoupançaR$ 5.000R$ 1.060.000
Tesouro SelicR$ 12.500R$ 1.150.000
CDB (IPCA + 6% ao ano)R$ 9.300R$ 1.111.600
LCI e LCAR$ 7.500R$ 1.090.000
CRI e CRAR$ 8.300R$ 1.099.600
LC (IPCA + 5% ao ano)R$ 8.500R$ 1.102.000
LF (110% do CDI)R$ 13.800R$ 1.165.600
Debêntures (prefixada 13% ao ano)R$ 10.800R$ 1.129.600
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Quanto rende 1 milhão no CDI por mês?

Um investimento de R$ 1 milhão que rende 100% do CDI gera aproximadamente R$ 12.400 por mês, com a Selic atual em 15%. Esse resultado mostra a importância do CDI como referência para a renda fixa, já que define o rendimento de CDBs, LCIs, LCAs e fundos de investimento.

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) fica, em média, 0,1 ponto percentual abaixo da Selic. Quando a Selic sobe, o CDI também sobe, o que faz com que os ativos atrelados a esse índice entreguem rendimentos mais altos.

Por outro lado, quando a Selic cai, o CDI acompanha a queda e os retornos dos investimentos ficam menores. Mas não é apenas a Selic que influencia: outro fator decisivo é o percentual do CDI que o ativo paga.

Um título que rende 100% do CDI segue exatamente a taxa em vigor. Já um ativo que paga 120% do CDI aumenta o retorno em 20% acima do índice.

Nesse cenário, se o CDI estiver em 14,9% ao ano, 1 milhão aplicado a 120% do CDI renderia aproximadamente 17,88% ao ano, o que equivale a cerca de R$ 14.900 por mês.

O que considerar antes de investir 1 milhão?

Quanto rende 1 milhão por mês depende do tipo de aplicação escolhida e do perfil do investidor. Opções conservadoras entregam segurança e liquidez, mas com menor retorno. Já alternativas mais arrojadas podem aumentar os ganhos, embora tragam mais riscos. Por isso, avaliar vantagens, prazos e objetivos é essencial para tomar boas decisões financeiras.

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Gabriel Moraes AssumpçãoEspecialista de Investimento

Responsável pela distribuição de Renda Fixa e Tesouro Direto do Inter.

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