Conheça as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto e avalie se é a escolha certa para o seu planejamento financeiro

Para os investidores que buscam segurança e rentabilidade, pode surgir uma dúvida comum: quais as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto? E não é à toa! Afinal, essa modalidade de investimento destaca-se como uma alternativa acessível, com opções que atendem a diferentes perfis.

Para se ter uma noção da procura pelos títulos públicos, o balanço oficial do Tesouro Direto de outubro de 2024 mostrou que o Programa alcançou R$ 5,65 bilhões em aplicações e registrou uma emissão líquida de R$ 2,53 bilhões.

Entre os títulos públicos, o Tesouro Selic se destacou com 44,6% das vendas. O número de cadastros também cresceu 15,4% em relação ao ano anterior e alcançou mais de 30 milhões.

Seja para novos ou experientes investidores, a flexibilidade para escolher entre títulos atrelados à inflação, taxa fixa ou Selic amplia as possibilidades de planejamento financeiro. Porém, como qualquer investimento no curto, médio e longo prazo, o Tesouro Direto apresenta benefícios e riscos que exigem uma análise cuidadosa.

Neste conteúdo, você descobre quais as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto, quais os títulos do Tesouro Direto disponíveis, quanto rende R$ 1.000, se vale a pena, os riscos envolvidos e se o momento é favorável para investir.

Quais os títulos do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto disponibiliza vários tipos de títulos públicos, criados para atender perfis e objetivos financeiros variados. Entre as opções, encontram-se: o Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+, Tesouro Selic, Tesouro Educa+ e o Tesouro RendA+. Cada opção apresenta características específicas. Veja mais detalhes de cada um a seguir!

Tesouro Prefixado

O Tesouro Prefixado atende quem prefere previsibilidade e quer saber exatamente quanto receberá no futuro. Com uma taxa de juros fixa definida na compra, o título assegura o valor final no vencimento, independentemente das mudanças no cenário econômico.

Essa previsibilidade ajuda a alcançar metas específicas, como financiar viagens, comprar um carro ou investir em um projeto. Além disso, existe a opção de receber os juros semestrais, ideal para complementar a renda. Quem decide vender antes do prazo pode lucrar com a marcação a mercado, mas deve considerar os riscos dessa estratégia.

Tesouro IPCA+

No Tesouro IPCA+, a rentabilidade une uma taxa fixa de juros ao índice de inflação (IPCA). Essa característica garante ganhos acima da desvalorização do dinheiro e preserva o poder de compra ao longo do tempo.

A opção é indicada para metas de longo prazo, como a compra de imóveis ou a construção de uma reserva financeira. Também oferece juros semestrais, que geram uma renda recorrente, enquanto o investimento principal permanece ativo.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic oferece segurança e praticidade para quem precisa de acesso rápido ao dinheiro. Sua rentabilidade segue a taxa Selic, que o Banco Central ajusta periodicamente como base para os juros da economia. Quando a Selic sobe, o rendimento cresce, e quando cai, o retorno diminui.

Essa opção permite resgatar o valor investido a qualquer momento sem grandes perdas, o que torna o Tesouro Selic ideal para quem deseja montar uma reserva de emergência, por exemplo. Com risco reduzido em caso de venda antes do vencimento, garante flexibilidade e tranquilidade ao cuidar das finanças.

Tesouro Educa+

O Tesouro Educa+ atende quem deseja investir no futuro educacional da família. Com aportes iniciais baixos, oferece uma forma eficiente de preparar recursos para financiar estudos, como a faculdade dos filhos. No final do prazo, o valor investido gera uma renda mensal por cinco anos, suficiente para cobrir despesas acadêmicas. A proteção contra a inflação mantém o poder de compra e traz mais segurança para o planejamento.

Tesouro RendA+

O Tesouro RendA+ atende quem busca uma aposentadoria mais tranquila. Após o vencimento, o título converte o valor aplicado em pagamentos mensais fixos por 20 anos e funciona como uma fonte de renda adicional, ideal para quem deseja maior estabilidade financeira no futuro. Além de valores iniciais acessíveis, a rentabilidade superior à poupança garante segurança e oferece uma base sólida para o longo prazo.

Acompanhe o Tesouro Direto ao ponto com Nathalia Arcuri do Me Poupe e Rafaela Vitória do Inter

Tesouro Direto ao ponto, uma jornada de educação financeira do Inter, em parceria com a Me Poupe, B3 e o Tesouro Direto.
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Quais são as vantagens do Tesouro Direto?

Neste tópico, você descobre quais são as vantagens do Tesouro Direto com relação a Poupança e como podem beneficiar diferentes tipos de investidores. Confira!

1. Segurança: os títulos do Tesouro Direto contam com garantia do Tesouro Nacional, que representa o menor risco de crédito no mercado. Apenas um calote do governo geraria riscos, o que os torna uma opção considerada extremamente segura para os investidores;

2. Liquidez:o mercado secundário permite a negociação dos títulos a qualquer momento. Ou seja, acesso rápido ao dinheiro investido sempre que necessário, sem dificuldades ou complicações;

3. Acessibilidade financeira: com valores iniciais baixos, o Tesouro Direto possibilita investimentos para qualquer pessoa, o que o torna uma alternativa inclusiva e democrática no mercado financeiro;

4. Baixa volatilidade: títulos como o Tesouro Selic apresentam variações mínimas, ideais para quem prefere estabilidade e busca uma aplicação confiável, mesmo sem acompanhar o mercado diariamente;

5. Facilidade de aplicação: o processo de investimento é simples e ocorre totalmente on-line. Essa vantagem transforma os títulos públicos em uma excelente opção para quem está começando a investir no Tesouro Direto

Apesar de todas essas vantagens, é importante conhecer quais são as desvantagens do Tesouro Direto para tomar decisões informadas.

Quais são as desvantagens do Tesouro Direto?

Assim como qualquer outro investimento, o Tesouro Direto também apresenta desvantagens. Veja a seguir!

1. Oscilações na marcação a mercado: o valor dos títulos varia quando vendidos antes do vencimento. Essas oscilações dependem das taxas do mercado no momento da venda, o que pode reduzir os lucros. Investidores iniciantes devem manter o investimento até o fim para garantir o retorno previsto;

2. Cobrança de Imposto de Renda: o Tesouro Direto adota a tabela regressiva do IR. Resgates antecipados elevam as alíquotas e diminuem a rentabilidade em prazos mais curtos;

3. Incidência de IOF: resgates realizados em menos de 30 dias sofrem cobrança de IOF, o que reduz os ganhos. Após esse período, o imposto não se aplica;

4. Possibilidade de taxas adicionais: algumas instituições financeiras cobram taxas de administração e, consequentemente, diminui o retorno líquido. Comparar custos entre corretoras ajuda a evitar esses encargos e aumentar a lucratividade;

5. Rentabilidade menor que investimentos mais arriscados:o Tesouro Direto oferece segurança, mas o retorno pode parecer baixo quando comparado a investimentos de maior risco, como ações ou fundos imobiliários.

Agora que você já conhece quais as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto, vamos falar sobre rentabilidade!

Quanto rende R$ 1000 por mês no Tesouro Direto?

Para calcular quanto rende R$ 1.000 por mês no Tesouro Direto, utilizamos como base um aporte inicial de R$ 1.000 e contribuições mensais de R$ 100 até o vencimento dos títulos: Tesouro Prefixado 2027, Tesouro Selic 2029 e Tesouro IPCA 2029. Também comparamos os resultados com a poupança e o CDB.

  • Tesouro Prefixado 2027: Rendimento líquido de R$ 4.363,56, superior à poupança (R$ 4.064,36) e ao CDB (R$ 4.171,20). Ideal para quem deseja previsibilidade no resgate;

  • Tesouro Selic 2029: Retorno líquido de R$ 7.836,70, maior que o da poupança (R$ 7.435,06) e do CDB (R$ 7.521,15). Excelente para quem prioriza segurança e liquidez;

  • Tesouro IPCA 2029: Melhor desempenho entre as opções, com R$ 8.285,40 líquidos, em comparação à poupança (R$ 7.697,42) e ao CDB (R$ 7.807,93). Indicado para proteção contra inflação e objetivos de longo prazo. Confira abaixo os detalhes dos rendimentos:

Vale a pena investir no Tesouro Direto?

Sim, investir no Tesouro Direto vale a pena para quem busca segurança, simplicidade e boas oportunidades de retorno. O Tesouro Nacional garante 100% do valor aplicado, o que o torna uma escolha confiável para proteger o patrimônio sem assumir grandes riscos.

Com aportes iniciais a partir de R$ 2, qualquer pessoa pode começar a investir. Essa acessibilidade atrai tanto iniciantes quanto investidores que desejam diversificar a carteira.

O processo de investimento é simples e ocorre totalmente on-line. Os títulos disponíveis atendem diferentes metas, como uma viagem, formar uma reserva de emergência ou alcançar objetivos de longo prazo, como a aposentadoria.

Qual o risco do Tesouro Direto?

Os títulos do Tesouro Direto são considerados seguros, mas é importante conhecer os principais pontos de atenção. O risco de crédito ocorre se o Governo Federal não pagar os investidores.

Esse cenário é improvável, já que o governo pode aumentar impostos ou emitir moeda para honrar seus compromissos, mesmo em situações extremas. Outra situação envolve a venda antes do vencimento, que expõe o título às variações de mercado. Fatores como mudanças nas taxas de juros podem alterar o preço e a venda antecipada pode gerar prejuízos se o valor for inferior ao aplicado.

Ao manter os títulos até o vencimento, o investidor elimina as oscilações de mercado e assegura o retorno contratado. Dessa forma, o Tesouro Direto continua como uma das opções mais seguras para quem busca proteger e diversificar os investimentos. Confira também: como funciona e quando fazer o resgate do Tesouro Direto.

É um bom momento para investir no Tesouro Direto?

Sim, principalmente ao considerar o Tesouro IPCA+ com taxas de 6,5% ao ano, uma oportunidade rara no mercado financeiro. Desde 2010, títulos com essa rentabilidade estiveram disponíveis por apenas 7,7% do tempo, o que mostra a particularidade do momento atual.

Além da segurança, o Tesouro IPCA+, com essas taxas, tem superado indicadores como CDI, dólar e Ibovespa em períodos de 5, 10, 15 e 20 anos. Essa performance destaca o título como uma alternativa para investidores que buscam retornos consistentes no longo prazo, sem abrir mão da proteção contra a inflação.

Mas vale lembrar que, para aproveitar todos os benefícios, é importante manter o título até o vencimento. Essa estratégia elimina riscos de flutuações no mercado secundário e assegura a rentabilidade contratada.

Portanto, no contexto atual de juros elevados, o Tesouro IPCA+ se mostra como uma das melhores opções para quem deseja aplicar no Tesouro Direto com segurança e altos retornos. Lembrando que as taxas são atualizadas diariamente e os dados foram calculados na data do cálculo, tudo bem?

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Gabriel Moraes AssumpçãoEspecialista de Investimento

Responsável pela distribuição de Renda Fixa e Tesouro Direto do Inter.

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