Todos os dias o noticiário dá uma dessas duas notícias: “A Bolsa de Valores subiu” ou a “Bolsa caiu”, a depender do cenário macroeconômico. Essas oscilações são dadas em pontos, através do Índice Ibovespa. Mas afinal, de onde vem esses pontos? E o que eles significam para o investidor? É sobre isso que vamos falar nesse post.
O que é o Índice Ibovespa?
O Índice Ibovespa representa uma média entre as ações mais negociadas na B3. Por isso, quando você lê a notícia de que a Bolsa de Valores subiu ou caiu tantos pontos, essa variação é um reflexo do desempenho médio das ações que compõe o índice, hoje em dia, cerca de 80 empresas.
Quando o Ibovespa aumenta, significa que as principais ações da Bolsa estão performando bem e o mercado está confiante, e quando o índice cai, significa que o mercado está mais cauteloso.
É importante ressaltar, porém, que essas oscilações não significam que todas as ações se valorizaram ou desvalorizaram na mesma proporção. O índice pode ser puxado por uma alta ou uma queda mais expressiva.
Quais empresas compõem o índice?
No site da B3 é possível ver todas as ações que compõem o índice, atualmente. A cada quatro meses o quadro é revisado, para incluir ou excluir empresas, de acordo com a performance dos ativos.
Como a lista muda, frequentemente, decidimos focar aqui nos critérios usados para compor o Ibovespa. São eles:
- Ser uma ação listada e negociada na bolsa (não válido para BDRs);
- Ações que foram negociadas em 95% dos pregões nos últimos três anos;
- Ações que movimentaram um volume financeiro equivalente a pelo menos 0,1% do total movimentado no mercado à vista, no período de 3 anos;
- Não ser classificada como penny stock, ou seja, ações com cotação média inferior a R$1.
- E por último, a empresa não pode estar em processo de recuperação judicial.
As empresas que compõe o índice têm pesos diferentes na carteira. Esse peso vai variar na proporção da liquidez e do IN (Índice de Negociabilidade) daquela empresa, em relação ao restante da carteira. O IN, por sua vez, é calculado pelo volume financeiro gerado por aquela ação, comparado ao total de negociações da bolsa.
E como são calculados os pontos?
Desde sua criação, em 1968, o índice Ibovespa passou por várias modificações, desde a forma como os pontos são calculados até a quantidade de empresas, que antes eram apenas três.
Mas a finalidade do índice permaneceu a mesma: o Ibovespa corresponde a uma carteira hipotética de ações que é usada como um termômetro do mercado.
Na configuração atual cada ponto dessa carteira corresponde a R$1. Ou seja, quando o índice está em 100 mil pontos, uma pessoa que tenha exatamente a mesma carteira, teria R$100 mil de valor de mercado.
O que o investidor deve fazer quando a Bolsa está em queda?
A recomendação é simples e direta: tenha paciência.
Ativos de renda variável têm alta volatilidade e são influenciados por múltiplos fatores como cenário político, alta do dólar, fatores macroeconômicos, noticiário, entre outros que não dependem do investidor. Nem sempre essa influência será favorável, o que faz com que muitas pessoas cogitem o resgate imediato.
Mas é sempre bom lembrar que as estratégias de alocação mais bem-sucedidas costumam ser aquelas que visam a mitigação de riscos e a valorização da carteira a médio e longo prazo, e isso pode levar de 5 a 15 anos!
Se seus objetivos são de curto prazo, e você não dispõe de uma reserva de emergência, talvez seja interessante buscar investimentos de Renda Fixa que oferecem maior liquidez e estabilidade.
Outra pergunta muito comum nesses momentos é: “Devo começar a investir na Bolsa quando ela está em baixa”?
A resposta para essa pergunta vai depender de sua estratégia, objetivos e perfil de investidor. Em um mundo ideal sempre queremos “comprar barato para vender caro”, mas esse caminho nunca será linear pelos motivos previamente citados.
Ter consciência da volatilidade do mercado será fundamental para manter suas posições e não negociar seus ativos diante de outros momentos de instabilidade. Confira o que o nosso Head de Portfólios tem a dizer sobre o assunto.
Ainda têm dúvidas sobre o mercado de ações? Aproveite que você chegou até aqui e leia também: Como diversificar sua carteira de ações.