Quando não criamos o hábito de poupar ou de investir dinheiro, qualquer emergência financeira nos obriga a repensar todo o orçamento e ir atrás de crédito no mercado, o que pode levar a outros problemas como juros altos e endividamento.
É claro que ninguém quer que algo ruim ou repentino aconteça, mas isso não diminui a necessidade de estarmos preparados financeiramente. Sem contar que o dinheiro, quando bem aplicado, também te dá mais segurança para buscar oportunidades e realizar sonhos.
Mas aí vem uma dor muito comum das pessoas: como equilibrar as contas, os sonhos e ainda construir uma reserva de emergência?
A conta não está fechando? Veja algumas dicas que podem simplificar!
O que é a reserva de emergências?
A reserva de emergências é o termo que a maioria das pessoas do mercado financeiro usa para se referir ao valor que cada pessoa deve ter guardado/aplicado para acionar caso algo inesperado aconteça, como um problema de saúde grave, demissão ou quando algo estraga em casa. Veja um vídeo sobre o assunto em nosso canal.
Quem deve ter uma reserva de emergência?
Qualquer pessoa está suscetível a passar por algum problema e em 99% dos casos esse problema vai demandar dinheiro. Por isso, a reserva de emergência é indicada para todas as pessoas, sejam elas investidoras ou não.
Qualquer pessoa está suscetível a passar por algum problema e em 99% dos casos esse problema vai demandar dinheiro. Por isso, a reserva de emergência é indicada para todas as pessoas, sejam elas investidoras ou não. A importância da educação financeira nesse contexto é crucial, pois nos ensina a planejar para imprevistos e construir uma reserva de emergência.
A educação financeira nos equipa com as ferramentas para entender a importância de ter essa reserva, como criar um plano para acumulá-la e como acessá-la quando necessário, garantindo maior segurança e tranquilidade em momentos desafiadores.
Quais os desafios mais comuns para construir uma reserva de emergências?
Questões como desemprego e precarização do trabalho são empecilhos estruturais, mas no nível individual o maior desafio é desenvolver uma cultura de planejamento para que aqueles que têm condições de poupar, comecem a fazer isso.
De quanto deve ser a reserva de emergência?
Para lidar com imprevistos como problemas de saúde ou perda de emprego, que podem se estender por longos períodos, é essencial ter uma reserva de emergência equivalente a pelo menos 6 meses de suas despesas.
Isso significa que, se você gasta R$2.000 por mês, por exemplo, precisa ter pelo menos R$12.000 guardados para evitar apertos. Esse valor varia de acordo com a composição familiar e o estilo de vida de cada pessoa, mas a regra dos 6 meses é um bom ponto de partida para garantir segurança financeira.
5 dicas para construir sua reserva de emergência
1. Organize seus ganhos e gastos
A primeira dica é uma continuação da pergunta anterior, pois é a etapa que diz respeito ao seu planejamento financeiro.
Comece somando o salário líquido de todos os integrantes da casa que contribuem com as contas. Caso você seja um trabalhador informal ou empreendedor, faça uma média do seu ganho nos últimos seis meses. Anote esse valor, vamos voltar nele em breve.
Depois, some todas as despesas fixas que você e sua família têm. Aqui, é importante ficar atento a qualquer oportunidade de gasto variável que possa ser cortado do orçamento, serviços caros e que não estão sendo bem utilizados.
Subtraia esse valor da receita para encontrar a quantia que você precisa para pagar suas contas em dia todos os meses, e por último multiplique esse valor por 6. O resultado é o valor que você deve começar a juntar.
>> Veja também: Como funciona a portabilidade de salário
2. Defina um valor desafiador para poupar, mas tangível
Agora que você já entendeu quanto precisa, vem a parte mais difícil: juntar o dinheiro. Por ser um valor considerável pode levar tempo para que você atinja seu objetivo. Por isso, mais importante do que o valor é a constância.
A nossa segunda dica é que você defina um valor desafiador para poupar, mas que esse valor seja factível, pois nada adianta estabelecer uma meta alta e ficar desestimulado por não conseguir.
Se você já olhou para as suas contas, cortou o que dava para ser cortado e ainda assim só consegue poupar R$100 por mês, comece por esse valor. Ao longo do tempo, caso se sinta mais confortável, vá aumentando a quantia gradativamente.
Você também pode usar o dinheiro “extra” como o dinheiro da restituição do Imposto de Renda ou o décimo terceiro para compor sua reserva, ao invés de fazer gastos prévios contando com esse valor.
3. Defina objetivos que te incentivem a poupar
Nem sempre a reserva de emergências vai ser usada para resolver um problema, ela também pode ser usada para aproveitar uma oportunidade ou realizar um sonho como se casar, ter filhos, fazer uma viagem ou comprar um imóvel próprio. Estabelecer uma meta é importante para você se manter motivado e mais ainda, disciplinado.
Alguns aplicativos de controle financeiro permitem que o usuário preencha suas metas quantitativas e acompanhe a evolução do patrimônio mês a mês. Já pensou em adotar um deles em sua rotina?
4. Acompanhe o crescimento da reserva investindo em ativos com liquidez diária
Uma vez que você começou a juntar o dinheiro é importante aplicar o valor em ativos que sejam seguros e que possam ser acionados a qualquer momento. A nossa indicação são os CDBs emitidos pelo Inter que tem liquidez diária e rendimento acima da poupança.
Continue a leitura para ver outras recomendações de investimentos.
5. Atinja 6 meses do seu custo mensal e continue guardando para novos objetivos
O objetivo da reserva de emergência é juntar o valor suficiente para se manter por um período, mas isso não significa que você deve parar quando atingir esse total, pelo contrário!Uma vez que você atingir certa estabilidade financeira, será mais fácil e seguro evoluir para escolhas de investimento mais arrojadas e rentáveis.
Parte do seu patrimônio ainda vai estar aplicado em investimentos de Renda Fixa, de maior ou menor prazo, mas você terá mais mobilidade para conhecer ativos variáveis como Fundos Imobiliários, Fundos de Ações, entre outros.
Onde aplicar sua reserva de emergências?
Independentemente do valor, uma reserva de emergência precisa ter 3 características:
- Ela precisa ser segura: para que você não exponha seu patrimônio à riscos.
- Ela precisa ter liquidez: para ser acionada a qualquer momento.
- Ela precisa ser acessível: para que os aportes caibam no seu bolso.
Por esses motivos, os investimentos mais indicados para começar sua reserva são os títulos de Renda Fixa, de preferência aqueles segurados pelo FGC.
CDB
O CDB é a melhor opção de entrada nesses casos, desde que ele tenha liquidez diária. O Inter oferece duas opções com emissão própria, o CDB de Liquidez Diária e o CDB Mais Limite de Crédito.
LCI e LCAs
Os LCIs e LCAs têm uma grande vantagem sobre o CDB que é fato deles não serem tributados pelo Imposto de Renda. Sendo assim, o valor do rendimento pode ser resgatado por inteiro sem descontos.
Em contrapartida, são papéis com prazo de vencimento mínimo de 90 dias, ou seja, se você precisar do dinheiro a qualquer momento terá que vender os papéis no mercado secundário, sem garantias de receber 100% do valor investido de volta. Considerando essa informação, são bons investimentos para um segundo momento, para quando você já tem sua reserva construída e deseja diversificar um pouco mais.
Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto são considerados por muitas pessoas como um dos investimentos mais seguros de todos, já que você está emprestando dinheiro para o país. Sem contar que são muito acessíveis, dá para investir com valores a partir de R$30. Dê preferência por papéis indexados pela inflação para não perder seu poder de compra enquanto seu dinheiro fica aplicado.
E a poupança?
Na hora de guardar dinheiro a poupança é o investimento lembrado pela maioria dos brasileiros. Mas desde sua reformulação, em 2012, e com as constantes quedas da Selic, o rendimento da poupança é baixo e você deixa de ganhar dinheiro no longo prazo.
Hoje, o investimento funciona assim: quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês+ variação da TR. Quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano (cenário atual), o rendimento é equivalente a 70% da Selic + variação da TR. Lembrando que a taxa referencial (TR) está próxima de 0 (zero) há alguns anos.
Um passo de cada vez
Desenvolver uma mentalidade investidora leva tempo e muitas vezes a gente não sabe por onde começar, não é verdade?
Se esse é o seu caso, aqui vai uma dica extra: o Inter Pig lançou uma cartilha financeira para quem está dando os primeiros passos na educação financeira, baixe o material.
A gente também recomenda que você continue nos acompanhando pelo blog e pelas redes sociais para ficar sabendo de todas as novidades que a nossa plataforma oferece para simplificar a sua vida.