O que é capital social?

Além de vontade, começar um novo negócio também exige recursos financeiros, né? No universo do empreendedorismo, a quantia necessária para que uma empresa possa iniciar suas atividades recebe o nome de capital social.

Nesse artigo vamos esclarecer as principais dúvidas que surgem sobre esse assunto, desde o que é capital social e como ele é definido até suas diferentes classificações e como calcular.

O capital social de uma empresa representa o investimento feito pelos sócios para iniciar as operações do negócio enquanto ele não apresenta lucro.

O capital social precisa ser formalizado no Contrato Social, documento que reúne as principais informações sobre o negócio, como razão social, endereço da sede, dados e obrigações de cada sócio, ramo de atuação, e por aí vai.

Nenhum negócio começa dando lucro, né? O capital social serve como uma fonte recursos para que a empresa possa começar a realizar suas atividades até que ela comece a dar retorno.

Ele pode ser utilizado para adquirir equipamentos, cobrir despesas operacionais, investir em pesquisa e desenvolvimento, entre outras atividades que precisam ser custeadas para uma empresa iniciar suas a operações.

A ideia é que, futuramente, cada investidor ou sócio receba uma porcentagem do lucro com base na participação que teve no capital social.

O capital social é definido a partir da contribuição que cada sócio ou investidor disponibiliza para o negócio se estabelecer e começar a funcionar.

O ideal é que o seu valor seja capaz de garantir a abertura e funcionamento da empresa, mas como isso depende de diversos fatores, é preciso analisar as particularidades de cada negócio para definir o capital social necessário.

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1. Capital Social Integralizado

O investimento para uma empresa começar suas atividades deve ser informado no Contrato Social, mas nem todo o capital social informado é computado imediatamente.

O capital social integralizado é quando o investimento dos sócios ou acionistas é transferido para a propriedade da empresa, ou seja, quando essa quantia passa a pertencer à pessoa jurídica.

2. Capital Social A Realizar

O capital social a realizar, por sua vez, representa a parte do capital social que ainda não foi transferido para a propriedade da empresa. Lembrando que esse valor também deve constar no contrato social.

Em outras palavras, ele é um valor que os sócios pretendem investir no negócio em algum momento, mas que ainda não foi integralizado.

3. Capital Social Autorizado

Capital social autorizado é a parcela do capital social que uma empresa pode vender para acionistas ou investidores. Esse valor está previsto nos documentos legais do negócio, como contrato social ou estatuto.

Essa é uma informação relevante pois determina a capacidade da empresa de captar recursos por meio da oferta de novas ações ou cotas.

4. Capital Social Subscrito

O valor que representa o investimento que cada proprietário ou acionista se comprometeu a fazer no negócio é o capital social subscrito. De maneira geral ele indica a participação que cada um possui na empresa e também deve estar registrado.

5. Capital Social Realizado

Quando esse investimento é efetivamente concluído pelos sócios, chamamos de capital social realizado. Esse é uma etapa importante, pois representa o dinheiro que está de fato disponível para aquecer as atividades do negócio.

Seria fácil se existisse uma fórmula pronta para calcular o capital social de uma empresa, mas infelizmente essa não é a realidade. Para realizar essa conta é saber qual a estrutura societária do negócio.

Tipos societários como Sociedade Limitada, Microempreendedor Individual (MEI), Empresário Individual (EI) e Sociedade Limitada Unipessoal (LTDA Unipessoal) não é exigem um valor mínimo para o capital social. Nesses casos, os proprietários devem realizar um estudo profundo para definir a quantia necessária para arcar com os custos fixos e variáveis e colocar o negócio em atividade.

Algumas dicas para fazer essa análise de forma assertiva são:

• Conhecer as particularidades do tipo societário que a empresa se enquadra.
• Ter um plano de negócios completo e estruturado;
• Definir prioridades;
• Contar com o auxílio de um profissional de contabilidade.

Os recursos para construir o capital social e financiar as atividades de um novo negócio podem vir de diversas fontes. O aporte de dinheiro costuma ser a mais comum, mas também é possível construir o capital social a partir de bens materiais, como imóveis, veículos, máquinas e equipamentos.

Na medida em que o negócio se desenvolve, é natural que suas necessidades também se modifiquem. Nesse sentido, é possível aumentar ou reduzir o capital social.

Vale lembrar que qualquer modificação deve ser registrada no contrato social ou estatuto da empresa, e pode envolver uma reunião ou assembleia para aprovação de todos os envolvidos.

Capital social e capital de giro são dois conceitos muito importantes no mundo do empreendedorismo. Pela semelhança de termos é comum que sejam confundidos, mas eles dizem respeito a coisas diferentes.

Como explicamos, o capital social se refere aos recursos financeiros que serão fornecidos pelos sócios para que em uma empresa possa começar a operar até que ela comece a gerar lucro.

Já o capital de giro diz respeito à quantia disponível em caixa para financiar operações do dia a dia do negócio, como despesas com pessoal, compra de matéria-prima e equipamentos, manutenção do espaço, etc.

Além de ter um capital social bem estruturado, seu negócio também vai precisar de uma conta empresarial para começar a funcionar! 

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