Chega o momento de ir às compras. Você decide adquirir aquele item que há pouco tempo havia pesquisado. Olha novamente o preço e detecta novo reajuste. Sim, uma realidade tão incômoda quanto comum em um cenário de inflação em alta.

Variações de valor inesperadas por grande parte dos consumidores afetam diretamente as tarefas do dia a dia e trazem certa insegurança quando o assunto é o planejamento financeiro

Para se ter uma ideia, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado em julho de 2021 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apontou alta de 0,90% na quarta semana do mês. Na terceira leitura do mesmo mês, dois dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Habitação (de 1,20% na segunda quadrissemana para 1,21% na terceira quadrissemana) e Alimentação (de 0,81% para 1,03%).

Mas o que isso significa na prática? Neste cenário, como eu posso proteger o meu dinheiro, optando pelos melhores investimentos e fazendo boas escolhas?

Existem respostas eficientes para essas perguntas. Confira!

As melhores opções para o cenário

Existem inúmeras opções de investimentos que podem te proteger da inflação. São eles:

  • NTNB (ou também chamado Tesouro IPCA); 
  • CRIs
  • CRAs
  • Debêntures Incentivadas com indexação a inflação (que nesse caso contam também com isenção de imposto de renda para PF);
  • Fundos indexados a inflação (tais como as modalidades "Inflação curta", "Inflação longa" e debêntures incentivadas).

O fundamental em todos estes casos é sempre lembrar de atrelar o prazo do investimento ao prazo estimado para utilização do recurso.

Citação

Mesmo que esteja contando com a proteção contra a inflação, o investidor ainda corre outros riscos, como a variação da taxa de juros ou a piora do cenário de crédito, pensando nos títulos privados. Nessas situações, qualquer piora no panorama pode resultar em uma perda ou menor rentabilidade caso seja necessário fazer um resgate antecipado.

- Lucas Radd, Head de Portfólios.

Resumo: Se o investidor pretende utilizar o recurso em 3 anos, é recomendável comprar um título com vencimento nesse prazo, mesmo que isso signifique aceitar uma rentabilidade menor do que a oferecida por um título mais longo.

Sabe porquê? Em 3 anos, o cenário pode não estar propício para o resgate de um título mais longo e a rentabilidade do seu portfólio pode ser prejudicada.

Com o que você deve ficar atento?

Em um cenário de alta de inflação, é necessário ficar atento a posições não indexadas ao índice IPCA e principalmente a papéis pré-fixados. Na visão do nosso Head de Portfólios, a alocação pré-fixada é extremamente arriscada nesses momentos, principalmente quando mais longa. 

Os principais perigos

Ter rendimentos reais negativos. Isso pode acontecer, inclusive, de maneira silenciosa para o investidor.

Um bom exemplo histórico foi o ano de 2015. Na época, a taxa Selic estava em 14,25%. O investidor desatento ficava satisfeito, principalmente, por superar a barreira psicológica de 1% ao mês e acabava por não observar a inflação elevada. O IPCA terminou aquele ano em 10,67% e os ganhos reais foram menores que 4%. Portanto, é sempre importante se atentar aos ganhos reais, isso é, líquidos de inflação.

Dica extra

Além das dicas e cuidados citados, outra opção interessante para se proteger da inflação pode ser a inclusão de FII (fundos imobiliários) na carteira. Eles representaram mais uma maneira de proteger sua carteira de investimentos, pois os contratos de aluguel são indexados pela inflação (IPCA ou IGPM). Portanto, há a garantia de proteção contra a alta dos preços. 

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