Antigamente era comum pessoas comprarem imóveis para vender quando eles se valorizassem como forma de ganhar dinheiro. Tem até aquela frase, comumente dita pelos avós: Quem compra terra não erra 🏠
Com os avanços dos investimentos isso foi se transformando, já que existem diversos ativos que permitem investir no mercado imobiliário sem precisar necessariamente comprar um.
Neste artigo vamos te apresentar o CRI, Certificados de Recebíveis Imobiliários, Investimento em Renda Fixa que pode ser uma oportunidade para a diversificação da sua carteira.
O que é CRI?
CRI é a abreviação para Certificados de Recebíveis Imobiliários. São os títulos de renda fixa lastreados por operações do setor imobiliário. Ou seja, ao proporcionar a antecipação de crédito, o investidor de CRI ajuda a financiar o mercado imobiliário.
A atitude, basicamente, é a de comprar uma parte da dívida de uma construtora em troca de uma remuneração acrescida de juros.
E, se ao falarmos de imóveis, te veio em mente apenas casas e apartamentos, saiba que nos CRIs a antecipação de crédito também engloba construções de galpões logísticos, escritórios ou edifícios comerciais também, viu?!
Como funciona?
Imagine uma construtora que acaba de entregar um empreendimento imobiliário. Nos próximos 10 anos, a empresa receberá parcelas dos financiamentos, mas gostaria de antecipar esses recebíveis para ter acesso imediato aos recursos.
Uma forma de fazer isso sem recorrer a um empréstimo bancário tradicional, é captar recursos no mercado, oferecendo Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) emitidos por securitizadoras. As securitizadoras são instituições financeiras responsáveis por transformar os recebíveis de uma empresa em títulos a serem negociados para investidores que buscam assumir o risco de recebimento da empresa em troca de remuneração.
Esses papéis são lastreados no direito de crédito, ou seja, no valor que a empresa tem a receber. Além disso, oferecem remunerações específicas para os investidores, de acordo com o perfil do papel.
Liquidez
A liquidez é baixa, já que seus papéis são de resgate exclusivamente após a data de vencimento. Isso torna o investimento pouco indicado para aqueles que desejam construir uma reserva de emergência ou para os investidores que buscam por rendimentos a curto prazo.
Prazos
O CRI é considerado um investimento de longo prazo e não permitem o resgate antecipado. O prazo varia de emissão para emissão. O prazo mínimo é de 2 anos, mas em alguns casos pode chegar a 15. Isso acontece porque os empréstimos são tomados para custear empreendimentos que levam tempo para serem finalizados como é o caso de um edifício (lembra do exemplo dado sobre a construtora?).
Qual é a diferença entre CRI e CRA?
A principal diferença entre CRI e CRA é a destinação dos investimentos. Enquanto CRI movimenta o mercado imobiliário, CRA movimenta o agronegócio. O objetivo de ambos é custear a expansão das atividades de suas categorias, conforme abaixo:
Tanto o CRI quanto o CRA são isentos do Imposto de Renda e do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
Qual é o valor mínimo para investir em CRI?
O aporte inicial em CRI varia de acordo com a empresa e tipo de empreendimento, mas já existem emissões a partir de R$1.000 que são acessíveis para o investidor pessoa física.
Vantagens do CRI
Confira o que faz do CRI um investimento vantajoso:
Isenção no Imposto de renda
Assim como as diferenças entre LCIs e LCAs, CRAs, e outros, os Certificado de Recebíveis Imobiliários fazem parte do seleto grupo do investimento isentos de Imposto de Renda. Além do IR, os CRIs também estão livres da cobrança do IOF.
Sem taxas de administração
Outra vantagem é que a maioria das corretoras não cobra taxas de administração e corretarem para os investimentos em CRI.
Desvantagens do CRI
Veja abaixo alguns pontos de atenção que se deve ter ao investir em CRI:
Sem proteção do FGC
É sempre bom lembrar que papéis de CRI são emitidos dando recebíveis como garantia, ou seja, se os devedores do financiamento imobiliário não pagarem o que devem para a construtora, o investidor/credor será impactado.
Também vale destacar que, os CRIs não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que assegura até 250 mil em aplicações como CDB, Poupança e LCI, caso a instituição financeira ou empresa emissora quebre.
Baixa liquidez
Os papéis de CRI têm liquidez apenas no vencimento do papel, portanto não é imediata. Ou seja, não é uma alternativa interessante para quem precisa de dinheiro rapidamente.
CRI é seguro?
Se você quer saber como começar a investir em CRI, saiba que possui alguns riscos, assim como todo investimento. O fato de não haver a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que asseguraria até R$250 mil por CPF, caso a instituição financeira declare falência é um destes riscos.
Outro ponto é a ausência de liquidez associada a longos prazos, um limitador ao investidor que deseja resgatar o dinheiro aplicado.
Em contrapartida, os CRIs oferecem rentabilidade maior do que outros produtos de renda fixa, o que os torna uma opção para quem quer resultados mais consistentes visando a independência financeira a longo prazo.
Vale a pena investir em CRI?
Como qualquer tipo de investimento o CRI apresenta suas vantagens e desvantagens.
Esse produto é uma ótima alternativa para quem quer aproveitar as oportunidades do mercado imobiliário sem precisar comprar um imóvel.
Além disso, oferece uma rentabilidade maior do que outros investimentos de renda fixa e são totalmente isentos de IOF e de Imposto de Renda.
Mas se os rendimentos são maiores, o risco também é.
É sempre bom lembrar que papéis de CRI são emitidos dando recebíveis como garantia, ou seja, se os devedores do financiamento imobiliário não pagarem o que devem para a construtora, o investidor/credor será impactado.
Também vale destacar que, os CRIs não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que assegura até 250 mil em aplicações como CDB, Poupança e LCI, caso a instituição financeira ou empresa emissora quebre.
Outro ponto que deve ser considerado é a sua necessidade de liquidez, pois o CRI não permite resgate antes do prazo. Caso o investidor precise sair do papel antes do prazo de vencimento, negociar no mercado secundário, correndo o risco de vender por um valor menor, e sem a garantia de receber a rentabilidade previamente contratada.
Como escolher o CRI certo?
O primeiro passo é avaliar se aquela aplicação é compatível com seu perfil de investidor, pois existem papéis que são destinados a investidores qualificados e perfis de investimento mais arrojados.
O passo seguinte é verificar o nível de risco dos papéis.
Busque conhecer a saúde financeira da empresa e avaliar a classificação de risco que ela tem no mercado (também conhecido como rating). Essa avaliação é importante uma vez que o CRI é uma aplicação que não conta com a garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.
Lembre-se que a rentabilidade oferecida em um papel é diretamente proporcional ao risco envolvido, isso significa que ambos os parâmetros devem ser avaliados antes da decisão de investimento.
Você pode procurar pelo rating da companhia acessando a sua página de Relações com o Investidor. Nossa equipe de investimentos também está à disposição para ajudar na hora de escolher o CRI mais adequado aos seus objetivos.
Como investir em CRI no Inter?
No Super App do Inter você encontra diversas opções de CRI disponíveis e investe de forma simples, confira abaixo:
- Pelo aplicativo vá em Investimentos > Investir > Renda Fixa;
- Na busca, filtre por produtos de CRI/CRA. Você pode acrescentar o tempo de resgate: 1 ano, 3 anos e 5 anos para encontrar os títulos que são mais adequados para você;
- Selecione o papel desejado, sempre atento ao prazo da aplicação, rentabilidade e empresa emissora;
- Digite o valor que quer investir (equivalente ao preço unitário ou múltiplo, caso queira adquirir mais de um papel);
- Clique em investir.
Lembrando que na hora de investir é necessário ter o valor em conta para ser debitado. Caso a aplicação seja feita após às 17h ou nos finais de semana, o valor será debitado no dia útil seguinte.
Pronto! Agora é só acompanhar a evolução do seu investimento pela Inter Invest.