Sair da casa dos pais e ir morar só é um passo transformador na vida de muita gente. Junto com a independência, a mudança traz também certas inseguranças, importantes conquistas, algumas surpresas e muito aprendizado.

Administrar o próprio espaço exige muito planejamento e traz uma grande evolução pessoal. Mas é comum ficar perdido no meio do processo, principalmente quando o assunto é dinheiro. Para aliviar a ansiedade deste momento e trazer respostas certas às principais perguntas, o Inter montou este guia com tudo o que você precisa saber antes de sair de casa.

Como é morar sozinho?

Morar sozinho não é apenas um desafio financeiro. É também um grande desafio de adaptação. Esse é um passo que vai construir em você uma noção bastante sólida de responsabilidade e crescimento pessoal, e talvez essa seja a melhor resposta para a pergunta “o que devo saber antes de morar sozinho?”.

Um exemplo prático disso são os contratos de aluguel, que geralmente têm um prazo médio de cerca de 30 meses. Ao sair de casa e firmar esse tipo de acordo, é preciso entender que você está se comprometendo financeiramente por um longo tempo.

Nos momentos bons e ruins, a responsabilidade e a disciplina sempre terão que falar mais alto e guiar todos os seus passos.

Bateu uma pontinha de medo? Não se assuste. Apesar dos desafios que certamente aparecem, algumas dicas e cálculos básicos podem ser valiosos para passar por essa grande mudança de vida com muito mais calma e segurança.

Vantagens

  • Espaço
  • Sossego
  • Liberdade
  • Privacidade
  • Independência
  • Autodescoberta
  • Crescimento pessoal

Desvantagens

  • Solidão
  • Falta de suporte
  • Trabalhos domésticos
  • Boletos e mais boletos
  • Comprar e fazer sua própria comida
  • Não ter ninguém para receber entregas, acompanhar consertos ou manutenções

>> Aluguel cada dia mais caro. Saiba o motivo

Quanto custa morar sozinho em 2022 no Brasil?

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para cumprir despesas básicas dentro de casa deveria ser de R$ 6.388,55.

O valor mostra o quão alto tem sido o custo de vida no Brasil, que tem sofrido pela alta da inflação e pelo consequente aumento na taxa básica de juros.

Tendo isso contextualizado, é preciso destacar que há uma variação considerável entre um município e outro, o que é quase óbvio quando pensamos nas dimensões geográficas do país.

Uma pesquisa realizada pela empresa americana de gestão de ativos Mercer, divulgada em 2021, analisou 17 cidades brasileiras e descobriu que o custo de vida pode variar até 14% entre elas.

A média ponderada de cada cidade nas categorias analisadas foi comparada com a média de São Paulo, cidade que serve como referência para o levantamento. O Rio de Janeiro, por exemplo, apresentou um valor maior (11%) na categoria cuidados pessoais, roupas e calçados.

Nos serviços de utilidade pública (luz e telefone, por exemplo) a variação entre as cidades chega a 30%. Curitiba, no Paraná, é a mais cara. Na categoria transporte (preço de automóveis novos, gasolina, tarifa de táxi, seguro, transporte público etc), Porto Alegre é a cidade mais cara (6% acima do valor de São Paulo) e Campinas a mais barata (2% abaixo do valor de São Paulo).

Segundo ranking do site colaborativo Expatistan, que fornece uma calculadora de custos de vida, na região Sul, Porto Alegre é a capital com custo de vida mais elevado, seguida de Florianópolis e Curitiba.

Na região Sudeste, São Paulo fica à frente no ranking da Expatistan das cidades com custo de vida mais caro no Brasil, seguida por Rio de Janeiro. As capitais estão em primeiro e segundo lugar, respectivamente.

Incluindo Brasília na região Centro-Oeste, a capital do Brasil tem o terceiro custo de vida mais alto. Na região Nordeste, os destaques vão para as capitais Salvador, em 16º lugar, Recife, em 18º, e São Luis, em 20º.

Na região Norte, o grande destaque é para a capital do Amazonas, Manaus. Ela é a quinta cidade com custo de vida mais caro no ranking.

Qual é a melhor idade para morar sozinho?

Algumas pessoas querem sair da casa dos pais o quanto antes, e outras acabam forçadas à situação devido a estudos ou trabalho.

O fato é que não existe um único momento para essa decisão, mas ela deve ser feita considerando os pontos positivos e negativos e, principalmente, questões como estabilidade de renda e situação financeira em geral.

Com quantos anos pode morar sozinho?

A maioridade civil é conceituada como o marco onde a pessoa passa a responder por si própria e pelos seus atos praticados. Sendo assim, a partir dos 18 anos de idade, é possível realizar todos os negócios jurídicos sem a necessidade de representação ou assistência.

Antes disso, apenas se houver emancipação, que só é permitida para adolescentes com pelo menos 16 anos de idade. Antes disso, o procedimento é vetado pela Justiça. E o processo é irrevogável: uma vez obtida a certidão, não há como os pais questionarem ou reverterem o processo.

Como se preparar financeiramente para morar sozinho?

Morar sozinho é o sonho de muita gente, mas sonhar não é o suficiente. É preciso se organizar para que isso se torne uma realidade sustentável financeiramente.

Essa organização demanda alguns passos: entender qual é sua renda mensal, estimar os gastos com a casa, começar a economizar e montar uma reserva de emergência.

Entenda o seu orçamento

Antes de mudar, comece a anotar e acompanhar todos os seus gastos. Desta forma, é possível ter uma visão geral sobre as suas finanças e fazer ajustes necessários nas contas – principalmente em fases de gastos extras ou sobras no orçamento.

Depois, é importante fazer uma simulação de todos os gastos do orçamento mensal. Assim, você saberá se a sua receita é suficiente para arcar com todos os custos.

Se você ganha R$ 2 mil e vê que os gastos somam R$ 2,5 mil, não é o momento certo para dar esse passo. O mesmo vale caso a receita e o orçamento sejam do mesmo valor, porque assim falta uma quantia para as reservas. Nesses dois casos, é preciso cortar gastos e se planejar melhor.

O ideal é que o somatório seja equivalente a no máximo 50% dos ganhos mensais, para que haja uma maior flexibilidade para gastos. E num cenário perfeito, é importante que se guarde pelo menos o equivalente a 3 meses dos gastos mensais antes de sair de casa.

Estime suas despesas com a casa

É preciso saber exatamente quanto ficará a sua despesa mensal e tudo o que a envolve. Ou seja, qual será o seu custo recorrente. Dentro disso, há os custos fixos e variáveis.

Os fixos são os gastos pré-estabelecidos, que raramente sofrem variações (quando isso acontece, elas são mínimas). Eles podem ser mensais, trimestrais e anuais, por exemplo. É o caso do aluguel, condomínio e do IPTU.

Por outro lado, os gastos variáveis são aqueles em que os valores mudam de acordo com o consumo, como energia, água, gás, alimentação e lazer (passeios, lanchonetes, baladas e viagens).

Outro gasto essencial no orçamento são os serviços de telefonia e internet, que podem variar de acordo com os planos das operadoras. Atualmente os pacotes mais básicos de internet residencial custam a partir de R$ 50, mas a quantidade de megabytes de internet a ser contratada depende do uso individual. Se você trabalha em casa, pode precisar de planos melhores e, consequentemente, mais caros.

Importante: o planejamento de custos deve ser feito com alguma margem, considerando, também, gastos imprevistos.

>> Como juntar dinheiro para viajar?

Economize dinheiro

Anotar todos os gastos, evitar gastar com o que não é tão necessário e fazer mais com menos: esses são os principais passos para economizar dinheiro.

O ponto de partida é ter o controle de rendimentos e gastos. Ou seja, de todo o dinheiro que entra e que sai. Só assim você conseguirá saber qual foi o destino do seu salário e visualizar o quanto há de espaço no orçamento. Para isso, analise e liste quais são as suas despesas fixas e variáveis. Quanto mais clareza você tiver sobre para onde seu dinheiro vai, maior será o seu controle sobre ele.

Se você está endividado, é essencial que se organize para quitar os débitos, principalmente porque as dívidas costumam ter juros, o que significa que, ao mantê-las, você está jogando dinheiro fora.

Por isso, anote todas as dívidas, analise o que pode ser liquidado e busque formas de pagamento que sejam vantajosas. Se necessário, renegocie: você pode ir diretamente ao seu credor ou participar de algum Feirão de acordo.

Economizar dinheiro exige disciplina, e isso envolve saber dizer não, principalmente para si mesmo. Retire do orçamento todos os excessos e gastos desnecessários e, em hipótese alguma, compre por impulso.

É importante lembrar também da importância de investir! Essa é uma forma de fazer o seu dinheiro trabalhar por você e de criar um patrimônio relevante a longo prazo. Mas, para isso, é preciso ir além da caderneta de poupança e buscar opções de maior rentabilidade e mesma segurança.

O dinheiro que você economizar pode ser investido em alguma aplicação financeira de baixo risco e liquidez diária, para que fique sempre rendendo e esteja disponível imediatamente quando você precisar.

Encontre a localização ideal

Finalmente chegou a hora! Agora, é o momento de escolher o lugar perfeito para você - ou, pelo menos, o que mais se aproxima disso dentro das suas condições. Mas ainda não estamos falando do imóvel em si: o primeiro passo é definir se você se mudará para uma casa, apartamento, kitnet ou pensão, por exemplo.

Depois, é preciso analisar o entorno. A região do imóvel é muito importante para o orçamento, e a escolha da localização e do tipo de residência faz toda a diferença na conta. Lembre-se que, em certos bairros, o custo de vida é mais alto, o que significa que a padaria e o supermercado têm preços mais caros, por exemplo.

Certifique-se também qual é o índice que regula o reajuste do aluguel. Apesar de a alta do IGP-M assustar, nem todas as imobiliárias utilizam o indicador. Buscar alugar o imóvel direto com o proprietário é uma forma de fugir de reajustes altos.

Outro ponto: considere que alugar um apartamento ou casa antigo, mal conservado ou longe do seu âmbito social, pode ser um barato que sai caro. E isso vale também para casos de compra de imóvel e de terreno para construir.

Tenha uma reserva de emergência

Um dos pontos mais importantes para a mudança é a reserva financeira, que serve como uma “blindagem da autonomia”. Para a máxima tranquilidade e segurança, o ideal é que ela tenha de cinco a dez vezes o valor do orçamento mensal.

Isso porque as contas recorrentes continuarão chegando em caso de perda de emprego, diminuição de renda ou emergência. E é essa reserva que te ajudará a se manter.

No Super App do Inter, você pode manter a sua reserva na poupança ou investir em aplicações mais seguras para que ela fique sempre rendendo. Alguns exemplos são CDB com liquidez diária e rendimento igual ou maior que 100% do CDI, fundos de investimento com resgate em D+0 ou D+1 (ou seja, com um curto prazo de resgate), e Tesouro Direto Selic.

Como morar sozinho com pouco dinheiro?

Se administrar o próprio espaço requer cuidado e planejamento, pequenas atitudes no dia a dia podem gerar grandes economias para quem vive essa experiência.

Lavar as roupas somente uma vez por semana, reutilizar a água da máquina de lavar para limpar a varanda, não deixar luzes acesas sem necessidade, desligar aparelhos da tomada quando não estiverem em uso, ir decorando aos pouquinhos e apostando em opções DIY, aproveitar as frutas e verduras da estação, cozinhar com portas e janelas fechadas, evitando a passagem de vento, para economizar gás…

Essas são apenas algumas dicas básicas para o dia a dia que, no final do mês, resultam em uma economia importante. Além disso, use e abuse de benefícios na hora das compras, como participar de programas de fidelidade de supermercados e ficar de olho em descontos e cashback.

No Inter Shop, dá pra comprar tudo o que sua casa precisa com condições especiais e ainda receber dinheiro de volta.

O que preciso para morar sozinho?

Morar sozinho também é sinônimo de montar uma casa do zero. Por isso, é fundamental estabelecer prioridades. A casa não precisa ser mobiliada e decorada do dia para noite. Faça as coisas com calma e do modo que o seu orçamento permitir.

Se você já tiver alguma quantia guardada, pode valer a pena pagar o mobiliário à vista caso haja descontos. Se não, é importante contratar um parcelamento que caiba no bolso sem prejudicar o orçamento mensal.

Confira a seguir um checklist básico e essencial do que não pode faltar na casa de quem vai morar sozinho:

Móveis

  • Cama
  • Armário (guarda-roupa)
  • Armário para cozinha
  • Mesa e cadeiras

Eletrodomésticos

  • Geladeira
  • Fogão
  • Máquina de lavar (vai poupar seu tempo)
  • Microondas (facilita a vida)

Cozinha

  • Panos de prato e de pia
  • Panelas (uma frigideira, uma caçarola média e uma caçarola pequena para começar está bom)
  • Pratos
  • Copos
  • Xícaras
  • Talheres (facas, colheres, garfos)
  • Potes de armazenamento
  • Escorredor de macarrão
  • Formas de alumínio ou cerâmica
  • Toalha de mesa

Banheiro

  • Cesto de lixo
  • Porta shampoo e sabonete
  • Toalhas de rosto
  • Toalhas de corpo
  • Tapete

Área de serviço

  • Vassoura e rodo
  • Pá e sacos de lixo
  • Cesto para roupa suja
  • Varal e prendedores
  • Balde
  • Panos e escovas de limpeza

Morar sozinho pode ser uma experiência cheia de desafios e aprendizados, mas também pode ser uma fase muito incrível e divertida da sua vida. Então, se você está pronto para dar este passo, se planeje, aproveite cada momento e conte com o Inter para simplificar a sua vida!

Perguntas frequentes sobre morar sozinho

Quanto custa morar sozinho?

Depende de vários fatores, como a localização do imóvel e o estilo de vida de cada pessoa. Para se ter uma ideia mais precisa, é necessário elencar os custos e fazer uma estimativa dos gastos. Entram nessa lista aluguel, condomínio, IPTU, energia, água, gás, serviços de telefonia e internet, alimentação e lazer.

Com quantos anos pode morar sozinho?

A partir dos 18, quando se atinge a maioridade civil, ou a partir dos 16, em caso de emancipação.

Como morar sozinho com pouco dinheiro?

Focando em pequenas atitudes no dia a dia que podem gerar grandes economias. Economizar na conta de água, luz e o consumo do gás são algumas delas, além de priorizar frutas e verduras da estação e ir atrás de benefícios em todas as compras, como descontos e cashback.

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Izabella SouzaAnalista de Conteúdo

Jornalista entusiasta da música, da escrita e da missão de te informar e contextualizar sobre o que realmente importa!

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