Quem já buscou conhecer mais sobre investimentos provavelmente já ouviu falar do Copom. O órgão do Banco Central estabelece questões importantes da economia, como a Taxa Selic, e ajuda o investidor a definir os seus próximos passos.
Mas, apesar da sua importância, muita gente não sabe o que de fato é o Copom e como o órgão funciona. Continue a leitura para descobrir.
O que é o Copom?
A sigla Copom quer dizer Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ele foi criado em 1996 e tem como objetivo tomar decisões que afetam a liquidez da economia nacional. As pautas discutidas pelo comitê envolvem definir as diretrizes da política monetária brasileira e o estabelecimento da Taxa Selic. Portanto, a cada 3 meses, também é responsabilidade do Copom divulgar um relatório da inflação.
Esses pontos tornam o Copom muito importante para o cenário econômico brasileiro e pode afetar diretamente o seu bolso. Afinal, as decisões tomadas lá afetam a oferta de crédito, o valor da moeda, o poder de compra do consumidor, entre outros aspectos.
É necessário que a comunicação do Banco Central seja eficiente e o Copom é uma das maneiras de fazer isso acontecer, pois informa de maneira clara e transparente questões econômicas que afetam o dia a dia dos brasileiros.
No site oficial do Banco Central, você consegue acessar o calendário dos próximos encontros, assim como relatórios e as atas das reuniões, que são divulgadas 6 dias depois.
Quem participa do Copom?
As reuniões ocorrem a cada 45 dias e esses são os principais membros:
- Presidente do Banco Central;
- Diretor de Administração;
- Diretor de Política Econômica;
- Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos;
- Diretor de Fiscalização;
- Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural;
- Diretor de Política Monetária;
- Diretor de Regulação;
- Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania.
Além deles, também participam outros departamentos ligados à nossa economia, como:
- Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos;
- Departamento de Operações do Mercado Aberto;
- Departamento Econômico;
- Departamento de Estudos e Pesquisas;
- Departamento das Reservas Internacionais;
- Departamento de Assuntos Internacionais.
Copom e Taxa Selic
A Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é taxa básica de juros da economia brasileira e define todas as taxas de juros do país. Por isso, quando ela aumenta, também aumentam as taxas de empréstimo pessoal, financiamento e cheque especial. E, quando ela diminui, essas taxas também caem.
Sendo a Selic o principal mecanismo do Banco Central para controlar a inflação, saber o quanto ela varia ajuda a entender como está a situação do mercado e como a inflação vai afetar o seu bolso.
Além de influenciar no preço das mercadorias, a Selic também altera o retorno dos seus investimentos. Por isso, se você pretende investir ou já tem um dinheirinho rendendo, é interessante que ficar antenado no que foi decidido nas reuniões do Copom.
Impacto da Taxa Selic nos investimentos
Os principais investimentos influenciados pela taxa Selic são aqueles que seus rendimentos se baseiam em juros, como os de renda fixa: CDB, debêntures, entre outros. Assim como o Tesouro Selic (já que seus rendimentos estão diretamente a taxa Selic) e a Poupança.
O impacto da taxa Selic na Poupança surgiu em 2012, quando o rendimento do investimento foi atrelado a essa taxa. Desde então, quando a taxa Selic fica acima de 8,5% ao ano, a Poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + Taxa Referencial. Assim como, quando a taxa Selic for igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a Poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial.
Já o impacto da Selic nos investimentos de Renda Fixa se dá por conta do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), um dos índices mais usados para esse tipo de investimento e que acompanha as mudanças que ocorrem com a taxa Selic. Dessa forma, se a taxa Selic sobe, o CDI também, assim como o inverso.
Por isso que em períodos em que a taxa Selic está em alta, ela causa impactos positivos para os investimentos de Renda Fixa. Quanto maior a taxa, maior a rentabilidade. Do mesmo jeito ocorre o contrário, quanto menor a taxa, menor a rentabilidade.
Quer saber mais?
Agora que você já sabe como o Copom afeta o seu bolso, viu como é importante acompanhar o que acontece na política monetária do país para aumentar seus rendimentos e se tornar um investidor de sucesso.
Para acompanhar as principais notícias sobre o mercado e investimentos, ouça o nosso podcast Inter Invest, com a economista-chefe Rafaela Vitória, e dê uma olhada no Twitter @interinvest.