Seja cartão de crédito, cheque especial ou empréstimo, fato é que dívidas com bancos são uma das principais fontes de endividamento da população brasileira. Uma dúvida comum de quem se encontra nessa situação é se dívida de banco caduca.

A caducidade de uma dívida bancária depende de alguns fatores que estão previstos na lei, mas já adiantamos que esse tipo de débito não deixa de existir e ainda deve ser pago. É importante entender também que caducar e prescrever são duas coisas diferentes.

Neste artigo explicamos tudo o que você precisa saber sobre esse assunto, e ao final ainda apresentamos uma solução para quem quer sair das dívidas e recuperar sua independência financeira!

Dívida de banco caduca ou não?

De acordo com o nosso Código Civil, as dívidas bancárias têm um prazo de 5 anos para serem cobradas judicialmente. Passado esse prazo, a dívida continua existindo, mas o consumidor não pode ter mais o CPF negativado por sua causa. Quando isso acontece, dizemos que a dívida caducou.

O banco ainda pode cobrar o débito, e é recomendado que o devedor realize o pagamento. Isso porque, mesmo que não esteja mais com o nome sujo, ter uma dívida em aberto no seu histórico pode acarretar uma série de restrições financeiras que explicaremos mais adiante.

Dívida de banco prescreve?

A nossa legislação também determina que qualquer dívida prescreve em até 10 anos. Diferentemente da dívida caduca, nesse caso o credor perde o direito de cobrança e débito deixa de existir. Vale ressaltar que para isso acontecer é necessário que o valor devido não tenha sido cobrado durante esse período. Na prática, o banco deve esquecer de cobrar o cliente por 10 anos.

Apesar de o prazo máximo ser de 10 anos, os períodos para prescrição de dívida bancária variam de acordo com o tipo:

  • Cartão de crédito: 5 anos;
  • Cheque especial: de 6 meses a 3 anos;
  • Seguros: 1 ano;
  • Boletos bancários: 5 anos;
  • Notas promissórias e letras de câmbio: 3 anos.

Diferenças entre dívida prescrita e dívida caduca

Para facilitar o entendimento, confira na tabela a seguir as principais diferenças entre dívida caduca e prescrita:

Dívida Prescrita Dívida Caduca
Prazo máximo de 10 anos Prazo máximo de 5 anos
Devedor não pode mais ser cobrado Devedor ainda pode ser cobrado
Dívida deixa de existir Dívida continua existindo

Ainda posso ter dívida após 5 anos?

Sim. O que acontece após 5 anos é que o consumidor não pode mais ter o CPF negativado por sua conta e o banco enfrenta mais dificuldade para realizar a cobrança. Mas o débito continua existindo e o devedor pode ser procurado pela instituição para negociar seu pagamento.

A dívida com mais de 5 anos pode ser cobrada?

Apesar de ter mais dificuldade para cobrar a dívida após 5 anos, a instituição financeira ainda pode entrar em contato com a pessoa endividada para negociar o pagamento.

Lembrando que, mesmo que o nome do cliente fique limpo, a dívida não desaparece, e você ainda pode encontrar empecilhos para contratar alguns serviços com as instituições financeiras.

Afinal, como sair das dívidas?

A dívida prescreveu e meu nome continua no Serasa/SPC, o que fazer?

Se a dívida prescreveu, ou seja, já passaram 10 anos desde a data em que foi contraída, o CPF do devedor não pode mais estar negativado por causa dela. Caso seu nome ainda conste na lista dos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, reúna a documentação que comprove a prescrição da dívida e entre em contato com esses órgãos para regularizar a situação e limpar o nome.

Devo pagar uma dívida caduca?

Mesmo que a dívida tenha caducado, ignorar sua existência está longe de ser uma boa ideia. Afinal, o débito não deixa de existir, e ter isso no seu histórico pode trazer uma série de complicações financeiras.

Nesse caso, a melhor saída é entrar em contato com o banco e negociar a dívida para conseguir condições mais acessíveis de pagamento.

Vale a pena esperar uma dívida caducar?

Ainda assim, tem quem ache que seja melhor deixar a dívida caducar. Já demos alguns motivos de porque essa não é uma prática recomendada, mas se você ainda não está convencido, veja a seguir algumas consequências negativas que isso pode causar:

Dificuldades com análise de crédito

Ter uma dívida em aberto pode dificultar a obtenção de empréstimos e financiamentos, por exemplo, pois as instituições financeiras avaliam o histórico de pagamento dos clientes antes de conceder crédito. Na prática, viabilizar sonhos como o carro ou a casa própria pode ficar mais complicado.

Acesso reduzido a serviços bancários

A inadimplência também pode levar ao bloqueio de conta corrente, cancelamento de cartões de crédito além de limitar o acesso a serviços bancários essenciais.

Renegocie sua dívida com o Desenrola Brasil no Inter

Ficou clara a importância de quitar uma dívida ainda que ela tenha caducado, certo? Como explicamos, a negociação pode ser um bom caminho para encontrar formas de pagamento que não pesem ainda mais o seu bolso.

Programas como o Desenrola Brasil podem te ajudar nesse momento. Essa é uma iniciativa do Governo Federal em parceria com instituições financeiras para promover condições mais atrativas para a população quitar suas dívidas.

Além daquela dívida do cartão de crédito Inter, você pode negociar também outros débitos em aberto, como contas de luz, água e compras em lojas.

Desenrole suas dívidas com a gente e recupere sua independência financeira! 😊

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Helena BenficaConteúdo e CRM

Jornalista pela UFMG. Escrevo para simplificar informações que impactam seu dia a dia!

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