Entenda o que é a custódia de ativos financeiros e como essa prática garante a segurança dos seus investimentos

Se você não sabe o que é custódia bancária, provavelmente pensa que seus ativos financeiros ficam guardados no banco ou corretora em que investe, certo?

Na verdade, não é bem assim. Essas instituições são responsáveis por representar os interesses de seus clientes— neste caso, os investidores — ao intermediar as negociações em seu nome no mercado financeiro de investimentos. Porém, a guarda desses papéis cabe a outra organização, conhecida como instituição depositária ou custodiante.

Quer entender como isso funciona na prática e qual o impacto em suas aplicações? Explicaremos o que é custódia de investimentos, para que serve, quais são as partes envolvidas no processo e como fazer uma transferência de ativos.

O que é custódia de investimentos?

Custódia de investimentos é o nome dado ao processo de registro, guarda, atualização e exercício de direitos sobre ativos financeiros em nome de seus investidores. Este serviço é prestado por instituições especializadas, como bancos, corretoras e agentes, que têm sua operação autorizada pelo Banco Central.

Na prática, ao comprar ações de uma empresa, por exemplo, você não guarda os papéis na sua casa. Toda a operação envolvida neste processo é realizada por essas instituições, que são responsáveis por manter seus ativos seguros contra fraudes e erros operacionais.

Como funciona a custódia?

A custódia de valores mobiliários envolve o armazenamento e administração de títulos e ativos financeiros por uma instituição em nome de um investidor. Participam deste processo a instituição depositária, o agente custodiante, o operador e os órgãos reguladores. Cada um é responsável por desempenhar um papel específico.

  • Instituição depositária: também conhecida como instituição custodiante, é responsável por guardar os títulos e administrar os ativos, o que inclui a liquidação de operações e o controle de dividendos e juros;

  • Agente custodiante: são as corretoras e bancos, responsáveis por fazer a ponte entre o investidor e a instituição custodiante. Sua função é atuar em nome de seus clientes na execução de suas operações financeiras;

  • Operador: é o investidor e proprietário dos ativos. É quem envia ordens de compra e venda e define como a corretora deve movimentar seus ativos;

  • Órgãos reguladores: representados pelo Banco Central e CVM, são responsáveis por fiscalizar e regulamentar as atividades de custódia para garantir transparência ao processo e proteção ao investidor.

Para que serve a custódia?

Como vimos, a custódia tem como função a proteção dos valores mobiliários. Para isso, as instituições depositárias devem garantir tanto a segurança, como o registro correto, atualizado e a disponibilidade dos investimentos, a fim de permitir uma transação segura e sem riscos.

As principais instituições responsáveis por essa função no Brasil são:

  • Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), a qual cabe a custódia de títulos privados de renda fixa, como CDBs e Debêntures.

  • Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), responsável pela custódia de títulos públicos federais.

  • Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), a quem compete a custódia de investimentos em ações e outros títulos negociados na bolsa de valores brasileira (B3).

Qual a diferença entre custodiante e agente de custódia?

A diferença entre custodiante e agente de custódia está na função que executam. O papel de custodiante é desempenhado por instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e reguladas pelo Banco Central. Seu propósito é a guarda, portanto, essas agências detêm fisicamente os ativos financeiros.

Enquanto isso, o agente de custódia é responsável por administrar a conta do investidor junto ao sistema de custódia. Logo, sua tarefa é realizar as ações apontadas pelo cliente, como compra, venda, transferência e liquidação de ativos.

Por exemplo, para comprar ações de uma empresa, você envia a ordem de compra pela corretora (agente de custódia), que faz a ponte entre você e a B3. Finalizada a transação, seus papéis ficam armazenados na CBLC (instituição custodiante).

Qual a diferença entre AuC - Assets Under Custody e AuM - Assets Under Management?

No contexto de custódia de ativos financeiros, há dois conceitos que você precisa entender:

  • Assets Under Custody (AuC), ou Ativos Sob Custódia, se refere ao valor total de ativos de clientes sob custódia de uma instituição financeira;

  • Assets Under Management (AuM), ou Ativos Sob Gestão, representa o valor total de ativos administrados por uma instituição financeira.

Portanto, a diferença entre AuC (Assets Under Custody) e AuM (Assets Under Management) está no papel exercido pela instituição responsável pelos ativos. Enquanto no primeiro atua apenas em atividades de registro, armazenamento e proteção, no segundo tem poder para gerenciar os ativos em nome do cliente.

Quais são as modalidades de custódia bancária?

Há duas modalidades de custódia bancária, a fungível e a infungível.

Custódia fungível

Nesta modalidade, os ativos são substituíveis por outros de mesma espécie, quantidade e qualidade. O que significa que não se trata de itens únicos. Portanto, em caso de retirada ou transferência, o investidor não receberá exatamente o mesmo título ou ação que custodiou, mas outro de valor equivalente.

Custódia infungível

Neste caso, o ativo financeiro custodiado não pode ser substituído por outro de mesma espécie. Ou seja, o investidor receberá exatamente o mesmo ativo que depositou. Portanto, são papéis que possuem valor intrínseco e características únicas, como obras de arte, coleções ou títulos personalizados.

Como fazer uma transferência de custódia para o Inter?

Se você tem aplicações em outra corretora e deseja mudar para o Inter, basta fazer uma transferência de custódia. Por meio de um processo simples, chamado portabilidade de investimentos, você consegue trocar o agente custodiante sem que, para isso, precise vender ou resgatar os títulos.

Confira o passo a passo para a transferência de fundos de investimento para o Inter:

  1. Abra uma conta no Inter: o primeiro passo é criar a conta para transferir seus investimentos. Caso já tenha, passe para o passo 2;
  2. Preencha o formulário STVM: antes de solicitar a portabilidade, você deve preencher o formulário STVM (Solicitação de Transferência de Valores Mobiliários), o qual informa quais ativos quer passar para o Inter;
  3. Solicite a transferência de custódia: entre em contato com a sua corretora atual e informe que deseja fazer a portabilidade de seus ativos para o Inter. Em seguida, envie o formulário STVM devidamente preenchido e assinado;
  4. Aguarde a conclusão da transferência: a partir da entrega do STVM, a corretora deve iniciar o processo de transferência para a sua conta no Inter, o que levará cerca de dois dias.

Além de transferir seus investimentos entre corretoras, no Inter você tem a vantagem de manter suas aplicações que geram cashback. Para mais detalhe, confira o vídeo abaixo:

É seguro investir no Inter?

Sim, investir no Inter é considerado seguro! Mais do que uma instituição financeira, somos uma plataforma digital completa, autorizada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). E contamos com a certificação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A segurança dos nossos clientes é prioridade por aqui, por isso, investimos em muita tecnologia para garantir a proteção de seus dados e investimentos.

Além de todo esse cuidado, outros benefícios que o Inter oferece, incluem:

  • Plataforma segura e simplificada;
  • Equipe capacitada;
  • Investimentos no Brasil e no exterior;
  • Opções de aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Agora que você sabe o que é custódia de investimentos, que tal transferir seus títulos para uma plataforma que fala sua língua e cuida do seu dinheiro? Crie a sua conta agora mesmo e aproveite as vantagens que só o Inter oferece para você!

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Emanuella Gomes XavierEspecialista de Investimentos

Economista, CGA e CFP®. Responsável pela distribuição de fundos de previdência privada no Inter.

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