Ao analisar as finanças da sua empresa, existe um documento indispensável para organizar a contabilidade e ajudar no planejamento da expansão do seu negócio — a DRE. Mas, o que é DRE, afinal?

Obrigatória para todas as categorias de empresa — com exceção do MEI —, a DRE também é necessária para garantir a conformidade tributária e evitar problemas com o fisco, sabia?

Se você só se preocupa com esse relatório quando seu contador entrega os resultados da sua empresa, está na hora de conhecer qual a importância da DRE e como ela pode servir de guia para garantir a saúde financeira do seu negócio. Vem ver!

O que é DRE?

A DRE — Demonstração do Resultado do Exercício — é o relatório contábil utilizado para apresentar o panorama da saúde financeira de um negócio. O documento revela se a empresa obteve lucro ou prejuízo durante um determinado período, pois detalha suas operações financeiras de maneira clara e objetiva.

A base para a elaboração e análise da DRE é o regime de competência, ou seja, o período para o qual você deve contabilizar as receitas e despesas para calcular o resultado líquido do exercício.

Embora a legislação exija apenas a elaboração anual — regime de competência de janeiro a dezembro —, muitas empresas optam por fazê-lo com mais frequência (trimestral ou semestral, por exemplo), a fim de facilitar o planejamento financeiro.

Além de apresentar um panorama das atividades operacionais e não operacionais, a DRE inclui previsões de crescimento, custos associados e a arrecadação de impostos e taxas. Dessa forma, cumpre um papel fundamental tanto na gestão financeira quanto na conformidade fiscal, ajudando a empresa a evitar problemas com sonegação e a planejar estrategicamente seu futuro.

Junto com o balanço patrimonial, a DRE oferece uma visão geral e completa da saúde financeira de qualquer negócio. Entenda como esses dois relatórios contábeis estão relacionados.

Leia também: Rotinas contábeis: o que são? 7 dicas para organizar e gerenciar

Qual é a sua relação com o balanço patrimonial?

A DRE está intimamente ligada às operações diárias da empresa e detalha as receitas e despesas para mostrar a lucratividade (ou prejuízo) ao longo de um regime de competência. Por outro lado, o balanço patrimonial funciona como um exame completo, registrando todos os ativos e passivos para fornecer um retrato da posição financeira em um momento específico.

A interação entre a DRE e o Balanço Patrimonial facilita a compreensão de diversos indicadores financeiros, como liquidez, margens de lucro e retorno sobre investimento (ROI). Com essas informações, os gestores podem tomar decisões baseadas em dados concretos, aumentando a segurança na administração do negócio.

Para resumir, podemos dizer que a DRE fornece um panorama do desempenho econômico da empresa, enquanto o balanço patrimonial mostra qual o seu capital e solidez no mercado.

Qual é a importância da DRE e para que serve?

A DRE fornece dados essenciais para a tomada de decisões estratégicas, além de permitir a correção de falhas, a captação de investimentos e a avaliação da eficiência da gestão. O documento garante um gerenciamento empresarial mais seguro, eficiente e orientado por dados concretos, promovendo a saúde financeira e o crescimento sustentável da empresa.

A seguir, você vai compreender por que essas funções da DRE justificam a sua elaboração pelas empresas:

  • identificação de oportunidades e riscos: a DRE detalhada ajuda a identificar necessidade de diversificação para reduzir riscos e garantir saúde financeira em longo prazo;
  • correção de falhas: permite otimizar recursos e aumentar a lucratividade, oferecendo uma visão clara das despesas operacionais;
  • captação de investimentos: fornece dados financeiros precisos, aumentando a confiança dos investidores e facilitando a captação de recursos;
  • avaliação da gestão empresarial: compara diferentes períodos de competência, identificando problemas e oportunidades para potencializar ações e maximizar resultados.

Como você pode ver, a DRE é mais do que um documento obrigatório — é uma ferramenta estratégica que minimiza a ocorrência de situações que podem colocar a sustentabilidade de um negócio em risco.

Contudo, para alcançar o seu objetivo, a estrutura da DRE deve contar com as informações adequadas. Confira quais são elas.

Quais contas compõem a estrutura de uma DRE?

Segundo a Lei 6.404/1976 (e suas alterações pela Lei 11.638/2007), a estrutura de uma DRE deve ser composta pelas seguintes contas:

  • receita bruta;
  • deduções e abatimentos;
  • receita líquida;
  • custo de produtos vendidos (CPV), custo de mercadorias vendidas (CMV) ou custo dos serviços prestados (CSP);
  • lucro bruto;
  • despesas com vendas;
  • despesas administrativas;
  • despesas financeiras;
  • resultado antes do IRPJ e CSLL;
  • provisões para IRPJ e CSLL;
  • resultado líquido do exercício.

Além de especificar o modelo de estrutura da DRE, a legislação determina que, para fins legais — com validade perante a Receita Federal —, o relatório deve ser elaborado e assinado por um contador habilitado e registrado no Conselho Regional de Contabilidade.

Como realizar uma análise de DRE na contabilidade?

Na contabilidade, a análise da DRE pode ser realizada com diferentes abordagens para fornecer insights detalhados sobre a performance financeira da empresa. As principais técnicas incluem a análise vertical, a análise horizontal e a comparação entre a DRE planejada e a realizada.

Veja para que serve cada uma das abordagens.

1. Análise vertical

Também chamada de Análise de Estrutura, esta técnica examina cada item da DRE em relação ao faturamento bruto. Dessa forma, mostra a contribuição percentual de cada despesa, receita ou custo, identificando rapidamente os fatores de maior impacto no lucro do período considerado.

Além disso, a análise vertical permite a avaliação da gestão patrimonial, pois apresenta o percentual de receitas a receber, o efeito dos investimentos e despesas no patrimônio total e a proporção das dívidas da empresa.

2. Análise horizontal

A Análise Horizontal foca na comparação dos valores de diferentes períodos para identificar tendências de aumento ou redução nas contas. O estudo compara elementos iguais em exercícios distintos, facilitando a identificação de variações que necessitam de atenção.

Essa avaliação também mostra o crescimento da empresa ao longo do tempo e permite comparar seu desempenho com o de concorrentes e do setor em que atua, o que é excelente para fornecer um panorama da evolução do empreendimento.

3. DRE Planejada x Realizada

Essa análise verifica se as metas financeiras previamente estabelecidas foram atingidas. Caso a empresa não tenha alcançado seus objetivos, as lideranças podem ajustar as estratégias comerciais e operacionais para buscar uma gestão eficiente, baseada em metas realistas.

E, agora que você já sabe qual a estrutura de uma DRE e como analisá-la de acordo com os objetivos da sua empresa, veja o que o Inter preparou para facilitar a gestão financeira do seu negócio.

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