O ouro é um elemento químico encontrado na natureza com propriedades que lhe dão resistência à maioria dos ácidos e, devido à dificuldade em ser minerado, trata-se de um metal precioso, amplamente usado como moeda, em joias e objetos de arte ao longo da história. 

Os primeiros indícios de sua mineração datam de 5.000 A.C. na região da Bulgária. Entretanto, no formato de moeda, acredita-se que tenha sido usado pela primeira vez em 600 A.C, na região da Lydia, na Ásia Menor. Desde então, entre altos e baixos, o metal manteve seu glamour. Durante anos foi lastro de moedas de diversos países e regiões econômicas e continua sendo usado pelo seu cunho monetário, tornando-se o metal precioso mais popular no campo dos investimentos. 

Porque investir em ouro?

O investimento em ouro é amplamente utilizado como forma de diversificação, principalmente em momentos de incerteza, volatilidade ou até mesmo de crises, justamente por ser um ativo físico, lastreável e com demanda garantida. Em 2020, quando os mercados ruíram em resposta ao novo vírus que se alastrava pelo globo, o preço da onça troy (1 onça troy = 31,1034 gramas), bateu recorde, fechando a mais de US$ 2 mil.

E como faz para investir?

Existem diversas maneiras de se investir em ouro atualmente. Desde a mais clássica, por meio de joias, artefatos ou mesmo barras de ouro, até produtos mais sofisticados como contratos futuros e ETFs. No caso das barras de ouro, é preciso buscar uma corretora autorizada pelo Banco Central e pela CVM e ter a certeza de estar comprando barras lacradas e autenticadas. 

Outra forma de se investir é por meio de contratos futuros na Bolsa, através dos códigos OZ1D ou OZ2D; contudo, ressaltamos que os valores aqui também podem variar e existe sempre o risco de liquidez, apesar da segurança de não se ter o ativo debaixo do colchão ou no cofre da casa. Outra opção é por meio de fundos de investimentos, lastreados em contratos do metal. Por último e mais recente, temos o ETF GOLD11, negociado na B3 e liberado também no HB do Inter. 

Quais são os riscos de investir em ouro?

Assim como outras commodities, o preço do ouro oscila de acordo com a oferta e demanda. Já se sabe que a oferta do ouro é limitada pelas jazidas e tecnologias disponíveis e que a demanda oscila de acordo com os movimentos de mercado. Portanto, o preço e seu valor vão oscilar de tempos em tempos, muito mais que ativos de renda fixa, por exemplo.

E a pergunta que não quer calar: Vale a pena investir em ouro?

Esse é um questionamento interessante. Quando consideramos que o ouro é um ativo que performa bem em tempos de crise, sim, podemos dizer que vale a pena. Entretanto, a conversa fica mais apimentada quando observamos o retorno do ouro versus o S&P500, por exemplo. 

De janeiro de 1975 até março de 2021, o ouro teve um retorno de 877%. Bastante, certo?! Mas, no mesmo período, o S&P500 valorizou (PASMEM!) 5.060%. Mesmo quando separamos por datas diferentes, o mercado acaba batendo o metal na maioria das vezes. Isso acontece porque por mais que tenhamos crises, a economia cresce e o mercado acompanha.

Agora, precisamos sempre lembrar do mantra chave de todo investidor que se preze: diversificação! Ter ativos como o ouro em seu portfólio faz todo sentido para diversificar seu risco e se proteger contra momentos de crises.

Uma curiosidade rápida!

Você sabia que, apesar de raro, o ouro não é exatamente escasso? Tem ouro no fundo dos oceanos, na Antártida, e até mesmo em abundância na Lua. O problema é a exploração que acaba sendo inviável. Como colocar isso no foguete e trazer para cá? 

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Esse post foi retirado do Inter Dica da Semana, enviado pela nossa equipe de Research. Para ter acesso a mais conteúdos assim, continue acompanhando nosso blog ou inscreva-se para receber os relatórios em sua caixa de entrada.

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