O CDI é base para a maioria dos investimentos de renda fixa e define quanto seu dinheiro rende
O CDI está em praticamente todos os investimentos de renda fixa e influencia diretamente quanto o seu dinheiro pode render. Por isso, aprender como calcular CDI é fundamental para quem deseja avaliar ganhos e escolher as melhores opções do mercado.
O interesse por esse tipo de aplicação só cresce. De acordo com a B3, o número de investidores em renda fixa aumentou 20% e já passa de 100,2 milhões de CPFs registrados. A maioria desses produtos está atrelada ao CDI, como os CDBs e RDBs, escolhidos por nada menos que 99,1 milhões de brasileiros.
Esses números mostram como o CDI é mais do que um simples índice, e funciona como a régua que mede a rentabilidade de grande parte dos investimentos no país.
Ao longo deste texto, explicamos como funciona o CDI e por que ele impacta os investimentos, além de mostrar como calcular o rendimento de um CDB que paga 100% do CDI. Assim, ficará claro como esse índice influencia os resultados da renda fixa.
Como funciona o CDI e por que ele impacta os investimentos?
O CDI, sigla para Certificado de Depósito Interbancário, funciona como a taxa cobrada em empréstimos de curtíssimo prazo realizados entre bancos. Essa taxa serve de referência para grande parte da renda fixa e impacta diretamente a rentabilidade de CDBs, LCIs, LCAs, fundos e outros produtos financeiros.
Para entender melhor, vale observar como essas operações acontecem. No dia a dia, instituições financeiras precisam manter dinheiro em caixa para cumprir regras do Banco Central. Quando falta saldo, bancos recorrem ao CDI para captar recursos de outras instituições. Esses empréstimos possuem prazos curtos e taxas definidas conforme as condições do mercado.
A partir dessas transações, a B3 calcula diariamente a taxa CDI, que se tornou parâmetro para medir ganhos em aplicações financeiras. Esse cálculo garante previsibilidade e permite que produtos de renda fixa usem o CDI como referência. Por isso, o indicador ocupa posição central no mercado e orienta tanto bancos quanto investidores na tomada de decisão.
Na sequência, vamos mostrar como calcular o CDI e como calcular o rendimento de um CDB atrelado ao índice.
Como calcular o rendimento de um CDB que paga 100% do CDI?
O cálculo do rendimento bruto de um CDB pode ser expresso de forma simples: rendimento bruto = valor aplicado + taxa DI. A taxa DI corresponde ao CDI no período da aplicação e mostra quanto o investimento acrescenta ao valor inicial aplicado, de acordo com a taxa vigente no mercado.
Na prática, o CDI anual costuma ficar apenas 0,1 ponto percentual abaixo da taxa Selic. Se a Selic está em 15% ao ano, o CDI estará em aproximadamente 14,9% ao ano. A seguir, veja a simulação de CDB com rendimento atrelado ao CDI.
Exemplo 1: aplicação por 12 meses
- Rendimento bruto = R$ 10.000,00 + 14,90%
- Rendimento bruto = R$ 11.490,00
Assim, em um ano, o investimento renderia R$ 1.490,00.
Exemplo 2: aplicação por 6 meses
- Taxa DI proporcional: 14,9% ÷ 2 = 7,45%
- Rendimento bruto = R$ 10.000,00 + 7,45%
- Resultado: R$ 10.745,00
Nesse caso, em seis meses, o investimento renderia R$ 745,00.
Os exemplos têm caráter ilustrativo e podem variar de acordo com as taxas vigentes de CDI e Selic. Além disso, o cálculo real deve considerar a incidência do Imposto de Renda, que reduz o ganho líquido conforme o prazo da aplicação.
Qual é a diferença entre a taxa CDI e a Selic?
A dúvida mais comum entre investidores é: qual é a diferença entre a taxa CDI e a Selic? Apesar de seguirem próximas, cada uma cumpre funções distintas. A Selic, definida pelo Banco Central, é a taxa básica de juros da economia, enquanto o CDI corresponde aos empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos.
Na prática, a taxa Selic influencia o custo do crédito, o controle da inflação e serve como referência para as demais taxas de juros do país. Já o CDI acompanha a Selic de perto e funciona como parâmetro direto para calcular a rentabilidade da renda fixa.
Com essa relação, a Selic atua como diretriz macroeconômica e o CDI como referência prática para investimentos. Entender essa diferença ajuda a compreender por que CDBs, LCIs, LCAs e fundos utilizam o CDI como base, enquanto a Selic orienta decisões mais amplas de política monetária e crédito.
Como calcular o CDI na prática?
O cálculo segue a mesma lógica do rendimento do CDB atrelado ao índice. Como o CDI se atualiza a cada dia útil, vale acompanhar a taxa diariamente. A seguir, veja o passo a passo para calcular CDI na prática.
- Defina o valor que pretende investir;
- Escolha o percentual do CDI (100%, 110%, 120% etc.);
- Verifique o tempo de aplicação, que pode ser 1 mês, 6 meses, 12 meses ou mais;
- Aplique a fórmula: rendimento bruto = valor aplicado + (CDI ajustado pelo percentual escolhido).
Como já mostramos anteriormente um cálculo de investimento que paga 100% do CDI, agora trouxemos um novo exemplo de aplicação que rende 120% do CDI. Assim, fica claro como a variação do percentual contratado altera de forma significativa o resultado.
Exemplo: aplicação por 12 meses a 120% do CDI
- Cenário: CDI = 14,9% ao ano
- Valor aplicado: R$ 20.000,00
- Percentual contratado: 120% do CDI
- Taxa ajustada: 14,9% × 120% = 17,88% ao ano
- Rendimento bruto = R$ 20.000,00 + 17,88%
- Rendimento bruto = R$ 23.576,00
Assim, em um ano, o investimento renderia R$ 3.576,00.
Quais investimentos seguem o CDI como referência?
Agora que você viu como o CDI funciona e impacta a rentabilidade, vale conhecer as opções de renda fixa que seguem essa taxa como referência. A seguir, confira a lista com os principais ativos.
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. O investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros.
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário): título bancário com pagamento vinculado a créditos do setor imobiliário. Os recursos são direcionados ao financiamento de operações imobiliárias.
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): título bancário com pagamento vinculado a créditos originados no agronegócio. Os recursos são destinados à cadeia do agro.
- Debêntures: títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos e capital de giro. Não contam com FGC; versões incentivadas podem oferecer isenção de IR para pessoa física.
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários): título de securitização que transforma direitos de crédito do mercado imobiliário em papéis negociáveis. Os pagamentos decorrem dos fluxos desses contratos.
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): título de securitização baseado em direitos de crédito do agronegócio. Os pagamentos decorrem de operações comerciais do setor.
- Fundos de renda fixa: fundos que reúnem recursos de vários investidores e aplicam em títulos públicos e privados, como CDBs, LCIs, LCAs e títulos públicos. Contam com gestão profissional e seguem política definida em regulamento.
CDI na prática: aplique agora
Entender como calcular CDI muda a forma de decidir onde aplicar o dinheiro. Com a conta em mãos, você estima rendimentos, compara prazos e percentuais, evita escolhas no escuro e monta uma carteira mais coerente com o objetivo.
Agora, dê o próximo passo. No Inter, você encontra ativos atrelados ao CDI e pode investir com poucos cliques em CDB, LCI, LCA, Debêntures, CRI e CRA. Aproveite as melhores oportunidades disponíveis no mercado.



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