Abrir o próprio negócio é um passo cheio de expectativas — e também de dúvidas. Uma das perguntas mais comuns entre os iniciantes é: afinal, MEI é pessoa jurídica ou física?
Compreender esse conceito impacta diretamente o dia a dia do empreendedor.
A resposta influencia desde a emissão de nota fiscal até a forma de contratar serviços ou abrir uma conta bancária para o negócio. Quer entender como esse enquadramento funciona na prática?
Neste artigo, você descobrirá o que é o MEI, quem tem permissão para se formalizar nessa categoria e como funciona o enquadramento legal. A proposta aqui é descomplicar o assunto com uma linguagem leve, simples e objetiva.
Se você já tem um pequeno negócio ou está prestes a dar esse passo, vale a pena conferir cada detalhe. Vamos lá?
Neste conteúdo, você aprende:
- o que é MEI;
- quem pode ser MEI;
- MEI é pessoa jurídica ou física;
- Diferenças entre MEI, ME e EPP;
- Por que é importante saber se o MEI é pessoa jurídica;
- Como abrir um MEI: passo a passo para se formalizar;
- Conta MEI do Inter: praticidade para quem empreende.
O que é MEI?
O MEI, ou Microempreendedor Individual, é uma categoria simplificada de empresa voltada para autônomos e pequenos empreendedores no Brasil.
Permite formalizar o negócio com baixo custo, acesso a benefícios previdenciários e emissão de nota fiscal. Funciona com regras específicas, como limite de faturamento anual e atividades permitidas.
Quem pode ser MEI?
Para se tornar um Microempreendedor Individual, basta seguir algumas regras simples. Confira.
- Faturar até R$ 81 mil por ano: esse é o limite anual permitido para continuar na categoria MEI.
- Atuar de forma individual: não é permitido ter sócios nem ser titular de outra empresa.
- Exercer atividade permitida pelo MEI: a ocupação tem que estar na lista oficial. Exemplos: manicure, encanador, vendedor online, cabeleireiro e pintor.
- Ter no máximo um funcionário: com remuneração que tem como base o salário mínimo ou o piso da categoria.
Quem atende a esses requisitos consegue se registrar como MEI e aproveitar os benefícios da formalização com menos burocracia.
Saiba mais: Quem pode ser MEI? Confira as regras
MEI é pessoa jurídica ou física?
MEI é pessoa jurídica, pois conta com um CNPJ e exerce atividades econômicas formais. Ainda assim, mantém alguns vínculos como pessoa física, como a contribuição ao INSS.
Essa estrutura mista facilita a formalização com menos burocracia, ideal para quem tem o objetivo de empreender com segurança e praticidade.
Além do CNPJ, o MEI tem inscrição nos órgãos competentes e tem autorização para emitir nota fiscal, assinar contratos e abrir conta bancária empresarial. Ao mesmo tempo, mantém obrigações como pessoa física, como a declaração anual de rendimentos e o recolhimento previdenciário em seu nome.
Essa configuração permite que o empreendedor atue legalmente, com mais oportunidades de negócio, acesso a crédito e benefícios do INSS, sem enfrentar a complexidade tributária de empresas maiores. É uma solução prática para profissionalizar a atividade sem complicar a rotina.
Diferenças entre MEI, ME e EPP
Na hora de empreender, é importante entender o que muda entre os diferentes tipos de empresa. Veja como o MEI se diferencia da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP) nos principais aspectos:
MEI – Microempreendedor Individual
Como vimos, ideal para quem está no início e tem como foco formalizar um negócio de forma simples.
- Faturamento: até R$ 81 mil por ano.
- Funcionário: apenas um, com salário mínimo ou piso da categoria.
- Tributação: valor fixo mensal (DAS), com impostos unificados.
- Burocracia: abertura gratuita, online e sem exigência de contador.
- Atividades: tem que estar na lista oficial de profissões permitidas.
ME – Microempresa
Esta é uma opção para quem ultrapassa o limite do MEI ou tem a intenção de ampliar a equipe.
- Faturamento: até R$ 360 mil por ano.
- Funcionários: sem limite exato, mas geralmente empresas pequenas.
- Tributação: adesão ao Simples Nacional com alíquotas variáveis, conforme a atividade exercida.
- Burocracia: exige contador, registros contábeis e obrigações acessórias.
- Atividades: aceita ampla variedade de ramos e serviços.
Veja também: Microempresa: entenda o que é e como abrir a sua
EPP – Empresa de Pequeno Porte
Uma alternativa recomendada para negócios já consolidados, com operação maior.
- Faturamento: de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões por ano.
- Funcionários: estrutura maior, com equipe mais robusta.
- Tributação: geralmente no Simples Nacional, com regras mais detalhadas.
- Burocracia: exige contabilidade regular, declarações e controle financeiro.
- Atividades: ampla liberdade de atuação.
Em resumo, se você trabalha sozinho como manicure, encanador ou vendedor online e fatura até R$ 81 mil por ano, o MEI é o melhor caminho. Já se o plano é crescer, contratar equipe e ampliar o faturamento, o ideal é migrar para ME ou EPP.
Confira também: O que é uma Empresa de Pequeno Porte – EPP?
Por que é importante saber se o MEI é pessoa jurídica?
Saber que o MEI é pessoa jurídica ajuda a entender melhor os direitos, deveres e oportunidades dessa categoria.
Quem já atua ou pretende se formalizar tem que conhecer os impactos práticos dessa definição. Confira alguns exemplos:
- abertura de conta bancária empresarial: bancos exigem CNPJ para liberar contas com serviços voltados a empresas, como maquininhas, crédito PJ e linha de capital de giro;
- emissão de nota fiscal para outras empresas: para prestar serviços ou vender para pessoas jurídicas, a nota fiscal se torna essencial — e o MEI tem permissão para emitir;
- contratos com empresas maiores: o CNPJ facilita parcerias e contratos formais com fornecedores, clientes e até órgãos públicos, o que amplia as oportunidades de negócio.
Além disso, entender essa definição ajuda a evitar erros comuns, como confundir as obrigações do MEI com as de uma pessoa física.
Quem inicia um negócio encontra mais segurança para tomar decisões e estruturar a empresa com clareza.
Como abrir um MEI: passo a passo para se formalizar
Depois de entender que o MEI é uma pessoa jurídica com regras simplificadas, vem a pergunta prática: como dar o primeiro passo? A boa notícia é que o processo de formalização é simples, rápido e feito online.
Veja o passo a passo para se tornar um Microempreendedor Individual:
1. Acesse o Portal do Empreendedor
Entre no site oficial do governo (gov.br/mei) e clique em “Quero ser MEI”.
2. Tenha seus documentos em mãos
- CPF e título de eleitor ou número do recibo da última declaração do IR;
- endereço residencial e do local de atuação;
- telefone e e-mail válidos.
3. Escolha sua atividade econômica
O sistema apresenta a lista das ocupações permitidas. Basta selecionar a que mais representa sua atuação.
4. Preencha os dados e conclua o cadastro
Após preencher todas as informações, o sistema gera na hora o seu CNPJ, o número de inscrição estadual (se necessário) e o Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI).
5. Comece a atuar como MEI:
Com o CNPJ em mãos, já é possível emitir notas fiscais, contratar um funcionário com direitos garantidos e abrir conta bancária empresarial.
6. Organize as obrigações mensais
O MEI paga um valor fixo por meio da DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). O boleto está disponível no próprio Portal do Empreendedor e o pagamento garante acesso à Previdência Social.
Conta MEI do Inter: praticidade para quem empreende
MEI é pessoa jurídica — e entender essa definição facilita decisões importantes, como abrir uma conta empresarial para organizar as finanças do negócio.
Com a Conta MEI do Inter, você gerencia os recebimentos, emite boletos, acessa crédito PJ e ainda investe a partir de R$ 1,00. Tudo em um só app, com praticidade e segurança.
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