Consórcio ou Financiamento: Qual o melhor?

Financiamento ou Consórcio – Qual a melhor forma de comprar um carro novo ou adquirir o tão sonhado imóvel? Essas modalidades surgem como opções viáveis para quem não tem todo o dinheiro para fazer o pagamento à vista.

É muito comum as pessoas financiarem suas aquisições, mas em momentos de altas taxas de juros, o consórcio surge como alternativa ao financiamento. Abaixo trazemos as vantagens e desvantagens do consórcio e do financiamento para ajudar orientar sua escolha.

A principal diferença entre os dois está na modalidade que se enquadram. Financiamento é uma forma de crédito. O banco ou instituição empresta o dinheiro para aquisição do bem e cobra parcelas em cima de juros.

O consórcio, por outro lado, é resultado da reunião de um grupo de pessoas que está interessada no mesmo bem. A administradora do consórcio realiza assembleias mensais em que o valor do bem é sorteado entre os participantes. O vencedor recebe uma carta de crédito do valor contratado.

Dessa forma, você pode ter a sorte de ter seu consórcio contemplado nos primeiros meses, ou pode ser um dos últimos sorteados. No financiamento, por outro lado, a partir do momento de aprovação, você já pode comprar seu veículo ou imóvel.

Apesar da ausência da taxa de juros, o consórcio possui taxa de administração, cobrada pela administradora do consórcio. O valor da carta de crédito é corrigido de acordo com variação no valor do bem, evitando desvalorização da carta. Como consequência, pode haver aumento no valor das parcelas.

No financiamento, também pode haver variação, já que a taxa base de juros é sempre atrelada a outro indicador, como TR ou IPCA. Porém, é possível amortizar as parcelas antecipando os pagamentos.

Enquanto o consórcio possui uma adesão simplificada, o financiamento exige uma entrada mínima que varia entre 10 e 30% do valor do bem.

O que é e como funciona o Consórcio?

Antes de adentrar no conceito de consórcio, é importante reforçar que consórcio não é um tipo de investimento. Trata-se de uma alternativa para guardar dinheiro com objetivo de aquisição de um bem.

O consórcio é uma forma de compra coletiva que visa facilitar o acesso da população a alguns bens. Todos os interessados pagam parcelas para ter direito a participação de sorteios mensais.

O sorteado recebe uma carta de crédito no valor do bem contratado, essa carta pode ser usada dentro daquela categoria. Ou seja, se você contrata um consórcio de carro, a carta de crédito só pode ser usada para compra de automóveis.

Os participantes também podem dar lances – fixos ou variáveis, dependendo da administradora, - que aumentam suas chances de contemplação. Geralmente existem sorteios específicos para os participantes que deram lance.

Quais as vantagens do consórcio?

O consórcio é vantajoso quando não há urgência na compra do bem, ou na falta de dinheiro para entrada de um financiamento. Dentre as vantagens do consórcio, podemos citar:

• Não possui taxa de juros
• Não exige entrada
• Parcelas mais baixas
• Valor total mais baixo
• Não é uma dívida
• É possível desistir e pegar o valor pago de volta – mediante pagamento de multas.

Quais as desvantagens do consórcio?

Como qualquer modalidade, o consórcio também tem suas desvantagens:

• Taxas de administração que não são devolvidas em caso de desistência.
• Dependência de sorteio
• Reajuste nas parcelas. Imagine que você contrata um consórcio imobiliário de 120 meses no valor de R$120.000. Ao longo do tempo, o valor do bem sofre alteração, o que resultaria em desvalorização da carta. Dessa forma, é necessário que o valor da carta e das parcelas restantes sejam corrigidos.
• Prazos menores que um financiamento e, consequentemente, parcelas maiores.

Como fazer um consórcio?

Uma vez definido o tipo de consórcio que você que contratar, é preciso avaliar as opções de carta de crédito disponíveis no mercado. Cada administradora possui termos específicos, valores de carta ou de parcela de acordo com o bem. É importante ficar atento também às taxas de administração.

Para fazer um consórcio no Inter, você pode acessar o Super App e fazer uma simulação. Depois de escolher entre consórcio de automóvel ou de imóveis (confira nosso guia completo de consórcio imobiliário), você pode escolher a melhor oferta. É possível filtrar os consórcios de acordo com a parcela ou valor da carta de crédito.

O que é e como funciona o Financiamento

O financiamento é uma linha de crédito com juros atrelados a índices como IPCA ou TR. Ou seja, no financiamento, a instituição financeira te empresta um valor para adquirir o bem, e você assume uma dívida com a instituição.

Como crédito aprovado, você já pode comprar o bem desejado, que será usado como garantia para pagamento da dívida. Em caso de inadimplência, a instituição pode tomar posse do bem para quitação da dívida.

Vantagens do Financiamento

• Maior flexibilidade de parcelas, você pode escolher aquela que mais se enquadra com seu momento financeiro
• Prazos longos. No caso de imóveis, existem financiamentos de até 35 anos.
• Compra imediata do bem desejado.
• Possibilidade de amortizar parcelas mediante antecipação do pagamento, minimizando o impacto dos juros.

Desvantagens do Financiamento

• Taxa de juros atrelada à Selic. Em tempos de alta, o valor pago pode ser muito maior que o valor do bem.
• Valor mínimo de entrada, que pode variar entre 10 e 30% do valor do bem. Quanto maior a entrada, menores as parcelas.

Como fazer um financiamento

No caso de financiamento de veículos, é possível fazer uma simulação em diversas instituições diretamente na revendedora. Muitas empresas também possuem simuladores online.

No caso de imóveis, você pode verificar as opções de crédito oferecidas pelo Inter e simular o financiamento imobiliário em nosso Super App.

Também é possível usar o saldo do seu FGTS para dar entrada em um imóvel.

Há quem diga que o melhor é evitar ambas. Independente do modelo, você vai pagar muito mais do que o valor do bem ao final do processo. Por isso, o recomendado é poupar ou investir o dinheiro até conseguir efetuar a compra à vista.

Porém, a realidade é outra e nem todos tem disciplina para guardar dinheiro. Dessa forma, o comprometimento com as parcelas acaba sendo uma “obrigação”. Outros fatores devem ser levados em consideração antes da tomada de decisão.

Se você estiver juntando dinheiro para casar, por exemplo, a compra de um imóvel pode exigir uma urgência na aquisição. Isso faria do financiamento uma melhor alternativa.

Assim, separamos algumas dicas que podem ajudar a escolher qual a melhor opção para o seu momento financeiro.

Quando é indicado fazer um financiamento?

Se você tem urgência na aquisição do bem e tem o valor da entrada, o financiamento vai ser a melhor escolha. Vale lembrar que o valor das parcelas não pode ultrapassar 30% da receita bruta da família.

Em cenários de baixa na taxa Selic, a menor incidência de juros também vai favorecer a concessão de crédito. É sempre bom ficar de olho nas atualizações do mercado, índices de inflação e outros fatores que podem influenciar no preço dos bens.

Quando é indicado fazer um consórcio?

Se você prefere não se arriscar em juros altos ou se comprometer com a dívida o consórcio pode ser uma boa opção. Dar um lance para tentar antecipar a contemplação também pode acelerar a aquisição do bem, caso você seja um pouco impaciente.

O consórcio também é bastante procurado por quem tem dificuldades para guardar dinheiro.

No final das contas, o mais importante é analisar diferentes propostas e ver qual se encaixa melhor. No meio tempo, investir em renda fixa e outras modalidades mais conservadoras pode ajudar na realização dos seus sonhos.