O calorão está longe de ser uma preferência unânime e pode não ser tão agradável assim para quem está em casa. E í que entram os aparelhos que nos salvam nesta época do ano. Mas se você está na dúvida se compra ventilador ou ar-condicionado para se refrescar, a gente te ajuda!
Qual o melhor: ventilador, umidificador, climatizador ou ar-condicionado?
A primeira lição é saber o que faz uma temperatura agradável. E quem explica isso pra gente é o especialista em sistemas de refrigeração Marcos Souza:
“Segundo a Norma Brasileira NBR 16.401, o conforto térmico deve ser observado, principalmente, em dois aspectos: temperatura e umidade relativa do ar, sendo que a temperatura interna do ambiente deve estar entre 23°C e 26°C no verão, com umidade entre 40% e 60%, e 20°C e 22°C no inverno, com umidade entre 35% e 65%”.
A segunda é entender exatamente o que cada aparelho faz e como ele consegue, na prática, refrescar os ambientes:
- Ventilador: Faz a circulação do ar, succionando o ar disperso no local e o concentrando/comprimindo em um ponto.
- Ar-condicionado: refrigera o ar de um ambiente utilizando os princípios básicos da termodinâmica. Basicamente, ele retira o calor de um ambiente e o dispersa em outro. Também há modelos que limpam o ar ventilam, umidiificam e secam.
- Umidificador: Aumenta a umidade relativa de um ambiente, deixando o ar menos seco e mais agradável. O aparelho gera partículas de água que são direcionadas para fora do equipamento.
- Climatizador: como se fosse a junção do ventilador com o umidificador. Ele puxa o ar disperso e o passa por uma colmeia molhada, o que diminui a temperatura e aumenta a umidade. Após a passagem, o ar é direcionado para um ponto específico.
Agora que você já sabe o que cada equipamento faz, a terceira lição para não errar na escolha é saber o que o seu ambiente mais precisa, levando em conta também o tamanho dos cômodos.
“Para se atingir um conforto térmico ideal e mais preciso, com menos variação, o ideal seria um ar-condicionado, independentemente do tamanho do ambiente. Levando em conta dias secos, o ideal seria a utilização de umidificadores”.
Já de modo geral, a recomendação de Marcos para refrescar cada tipo de ambiente é a seguinte:
- Ambientes pequenos: ventilador + umidificador
- Ambientes médios: climatizador
- Ambientes grandes: ar-condicionado
O que gasta mais energia: ar-condicionado ou ventilador?
Segundo o especialista, dessas quatro opções, o ar-condicionado é mesmo o que demanda maior consumo de energia elétrica. Já o umidificador de modelo ultrassônico, que é o mais utilizado atualmente, é o que menos gasta, seguido pelo ventilador e pelo climatizador.
No caso do ar-condicionado, é importante entender que o consumo energético dele depende da potência. Por isso, é preciso ficar de olho nos BTUs de cada modelo, já que eles indicam quanto de energia o aparelho precisará para funcionar.
Um ar-condicionado simples de 9.000 BTUs, por exemplo, costuma ter potência de 1000W. Caso seja utilizado por cinco horas diárias durante o período de um mês, esse dispositivo consumiria cerca de 105 kWh - ou seja, adicionaria à conta de luz por volta de R$ 90. Quando somado aos demais valores consumidos, essa quantia pode pesar.
Mas se a sua ideia é mesmo ter um, a dica é eleger um aparelho com tecnologia "Inverter" (também chamada pelas marcas de Digital Inverter ou Dual Inverter), que promove a climatização dos ambientes com mais agilidade para depois seguir mantendo a temperatura:
“Existe um sistema de inversor de frequência que diminui a potência do equipamento quando não há necessidade que o mesmo trabalhe em 100%”, explica Marcos.
Os fabricantes estimam que a economia com um ar-condicionado Inverter pode ultrapassar 40% em relação a um aparelho convencional novo, chegando até a 70% na comparação com equipamentos mais antigos.
Outro ponto a ser considerado no quesito gasto é o custo com revisões e possíveis reparos. Segundo Marcos, o equipamento que tem o menor valor de conserto e de peça e menor complexidade nas manutenções é o ventilador, sendo o de mesa com menor valor.
“Em sequência vemos o climatizador, umidificador e ar-condicionado, lembrando que qualquer manutenção, seja ela preventiva, corretiva ou preditiva, deve ser realizada por um profissional da área”, ressalta o especialista.
O que mais analisar na hora da compra?
Além da real finalidade do produto, do tamanho do ambiente, da sua necessidade e do peso dos gastos com a conta de luz e possíveis manutenções, é importante checar as especificações mais importantes em cada aparelho, sendo elas:
- Tensão elétrica (127V ou 220V)
- Capacidade térmica (BTU ou kcal/h)
- Faixa de temperatura
- Potência elétrica (W, Kw e VA)
- Nível de ruído
- Estrutura necessária para a instalação
- Faixa de umidade
Para quem deseja comprar ar-condicionado, as principais dicas sobre o que analisar são as que já citamos: ficar de olho na potência elétrica, se é inverter ou convencional, e na sua capacidade térmica. Geralmente esses itens são expostos nas especificações do equipamento.
Para ventiladores, é importante observar a potência em Watts, o tamanho da hélice e a quantidade de pás. Para o umidificador e climatizador, deve-se verificar a tensão elétrica, potência, tipo de colmeia e volume interno.
E atenção especial ao nível de ruído: todo equipamento expõe em sua etiqueta o quanto de som é emitido durante o funcionamento. Segundo os especialistas, o ideal é que ele seja menor que 50dB.
Entre os ares-condicionados, o tipo ACJ é o que mais emite ruídos. Já o modelo Split é o mais silencioso, sendo o Split inverter ainda mais.
Onde comprar ar-condicionado ou ventilador?
Bom, depois de toda essa aula, ficou bem mais fácil tomar uma boa decisão para se refrescar, né? Então agora é hora de pesquisar as melhores condições para fazer um bom negócio. A dica é aproveitar lojas com cashback e cupons de desconto para economizar na compra. O Shopping do Inter reúne mais de 900 lojas e você ganha dinheiro de volta direto na sua conta. Aproveita!