“Vá sempre além do que é esperado”. É o que costuma dizer o norte-americano, cientista da computação e cofundador do Google, Larry Page. Mas o que é esse tal de “ir além”?
No mercado atual, ir além para uma empresa significa solucionar um problema que as pessoas enfrentam – muitas vezes sem sequer saberem racionalmente que o tal problema de fato existe no dia a dia. É facilitar e simplificar a vida de clientes com algo inovador e que opere de maneira rápida, tecnológica e eficaz. Senhoras e senhores, sejam muito bem-vindos à essência das startups.
Mas você deve estar se perguntando: “Como assim?”. Pois bem. Montar uma startup é isso: chegar aonde ninguém ainda chegou. Mas se é bem verdade que o termo está na moda e desperta a atenção de milhões de brasileiros que sonham dia e noite em empreender, é verdade também que ele gera muitas dúvidas a respeito do seu significado e funcionamento.
Foi pensando nisso que preparamos um conteúdo especial para que você entre de vez nesse universo. Bora decolar?!
O que é uma startup?
Nada melhor do que começarmos com um pouco de contexto histórico. O termo startup tem a sua origem no inglês, mais especificamente na palavra start (começar). Os primeiros usos dele no mundo empresarial foram em um artigo na famosa revista Forbes, ainda na década de 1970. Startup, no entanto, só foi cair na boca do povo e se popularizar na década de 1990, com o surgimento da Internet.
O termo em si é bem amplo. Ele pode englobar desde gigantes da tecnologia até empresas em estágio inicial, que desenvolvem alguma ideia inovadora. No entanto, acostume-se: normalmente, “startup” é usado mesmo para descrever aqueles negócios em fase inicial.
Lembra aquela história de solucionar problemas? As startups chegam justamente para acabar com uma dor de mercado ou oferecer alternativas que incrementem outras soluções que já existem. Outra característica marcante desse segmento: são empresas que operam em um mercado de alto risco. Com o objetivo de crescer rápido, elas lançam a ideia e buscam continuamente o aporte de investimentos externos.
Com os investimentos, elas podem potencializar o crescimento e desenvolver o trabalho de maneira mais rentável. Pode dar errado? Sim. E acontece muito. No entanto, se bem planejadas, podem também alavancar muito rápido e se tornarem referências no que fazem, arrecadando milhões.
Como funciona uma startup?
Como dissemos, as startups são projetadas para crescer rapidamente. Em linhas gerais, isso quer dizer que elas têm algo que podem vender para um mercado muito grande e de grande potencial. Para a maioria das empresas comuns, essa dinâmica não se aplica.
Essa é uma das razões pelas quais a maioria das startups são do ramo de tecnologia. Não, esse não é um pré-requisito das startups. Mas as empresas desse ramo tendem a chegar mais facilmente a um grande mercado do que as que são só offline.
Importante frisar também que empresas desse tipo geralmente começam com um número reduzido de funcionários. Alguns deles chegam a exercer múltiplas funções, seja para poupar os recursos ou mesmo para dar mais agilidade ao desenvolvimento do projeto, afinal, velocidade aqui é importante.
Para inovar é preciso um grande capital intelectual, claro. Mas também é preciso dinheiro. Às vezes, muito dinheiro. Por isso, startups normalmente funcionam com outras empresas e patrocinadores apoiando a ideia financeiramente. Em geral, quando isso acontece, há um plano de execução em que consta todo o detalhamento do desenvolvimento até a sua data de entrega.
E quando a grana não dá? Aí é necessário fazer um plano de ação muito detalhado para não “sangrar” demais o bolso e logo morrer o negócio. É possível fazer acontecer sem investimento externo? Sim, porém é muito mais difícil ou talvez demorado.
Outro traço marcante nesse segmento é o fato de empresas assim adotarem um modelo de negócio repetível e escalável. O que isso quer dizer? Que, na maioria das vezes, trabalha-se o mesmo produto ou serviço para facilitar a venda ou aplicação para um número grande de pessoas sem que sejam necessárias grandes adaptações. A ideia é vender o máximo com o mínimo de custos.
O que é uma startup unicórnio?
Se você acompanha o mercado, frequenta o LinkedIn ou assiste a programas de TV e podcasts com o noticiário certamente já ouviu o termo startup unicórnio. Mas como assim unicórnio? A expressão surgiu em meados de 2013 com o fundador da Cowboy Ventures, Aillen Lee. Ele descreveu essas empresas como startups valorizadas em mais de US$ 1 bilhão sem terem capital na bolsa de valores.
Empresas assim não são tão fáceis de se encontrar, já que alcançar tamanha valorização é bem difícil. Por isso, startups unicórnio certamente já passaram por processos dolorosos e de muitas noites em claro para pivotarem e alavancarem suas ideias, conquistando esse valor tão significativo.
Como curiosidade, vale lembrar que a maioria das startups unicórnio brasileiras são marketplaces. Ou, ao menos, têm componentes de marketplace em seu modelo de negócios.
Quais são os tipos de startup?
Quando falamos em startups não estamos falando de um bolo de empresas que se encontram na mesma prateleira. Existes diferentes tipos e é possível classificá-las a partir de um elemento: o público-alvo. Confira!
B2B (Business to Business): São startups que têm, no portfólio, clientes de outras empresas e não necessariamente para consumidores finais. Essas companhias normalmente vendem bens que só posteriormente serão vendidos ao consumidor final, além de startups que prestam serviços intermediários a outros empreendimentos.
Exemplo: Salesforce - Empresa que oferece software sob demanda à outras empresas.
B2C (Business to Consumer): O B2C é uma startup cujos clientes são, de fato, consumidores finais. Empresas que prestam serviços e oferecem produtos a compradores comuns. Abrangem um universo muito amplo e complexo. Isto exige, consequentemente, que elas cuidem com mais atenção do marketing, comercial, da comunicação e da interface voltada para os clientes, etc.
Exemplo: Schutz – Moda feminina direto para clientes
B2B2C (Business to Business to Consumer): Dinâmica um pouco mais complexa, mas nada difícil de entender. Elas formam uma cadeia em que duas startups estabelecem alguma forma de vínculo entre si para atender um consumidor final. Um exemplo desse perfil são os chamados marketplaces. Neles, você compra um produto ou serviço de uma loja por meio da mediação de uma outra loja. Pegou a ideia?
Exemplo: Duo Gourmet – Conecta bares e restaurantes aos consumidores através da sua plataforma além de oferecer benefícios exclusivos.
C2C (Consumer to Consumer): C2C são startups onde um consumidor vende para outro consumidor. Os marketplaces também se encaixam aqui. São categorias de startups que demandam um investimento mais alto.
Exemplo: OLX, Enjoei e Mercado Livre - Consumidores vendem produtos novos ou usados a outros consumidores.
Quais são as diferenças entre uma startup e uma empresa?
Todo A é B. Logo, todo B é A? Nem sempre. Não entendeu a mini confusão de lógica? Não tem problema, a gente explica. Toda startup é uma empresa, mas nem toda empresa é uma startup. Facilitou, né?
E quais as diferenças entre as duas? Basicamente as startups são mais “aceleradas” em seu processo de crescimento, aceitando correr mais riscos e captando investimentos externos em um mercado mais agressivo para desenvolver ainda mais em menos tempo.
Além disso, startups normalmente têm 3 destinos:
- Incorporação por outra grande empresa;
- Transformação em um unicórnio (empresa com mais de R$ 1 bi em valor de mercado);
- Falência.
Impactante assim mesmo. Por outro lado, as empresas, normalmente, estipulam uma pretensão de crescimento mais modesta e com uma progressão mais constante. As decisões em empresas são menos ousadas e existem mais limitações para a expansão em magnitudes tão assustadoras como a das startups. Além disso, empresas comuns não costumam captar investimentos externos, mas sim dívidas de financiamentos empresariais.
Mas e as empresas multinacionais mais tradicionais? Até elas têm diferenças para as startups. A cultura organizacional de uma startup é muito direcionada para a inovação, quebra de paradigmas, solução de um gap de marcado que ninguém ou quase ninguém faz. Grandes companhias fora desse perfil, por sua vez, possuem uma cultura mais tradicional de crescimento, lançamento e melhora, sem a ideia de revolucionar o seu entorno no curto prazo.
Quais são as características de uma startup?
Você já viu o que elas são, quais tipos existem e a diferença delas para as empresas tradicionais. Não está esquecendo algum detalhe? Isso mesmo. O que define uma startup? Listamos abaixo algumas características essenciais para uma empresa ser encaixada nessa categoria.
Altamente escaláveis
Empresas que crescem rápido em relação ao seu lucro, uma característica fundamental para o negócio ser considerado uma startup.
Erram rápido, corrigem rápido
As startups têm uma velocidade diferente (para não falar bem maior) das empresas tradicionais. Por isso, elas não formam exatamente o perfil de analisar muito para evitar todo e qualquer tipo de erro. O caminho aqui é testar e até mesmo errar – quando for inevitável – e seguir com uma outra estratégia de forma muito rápida. “Time is Money”. O objetivo, lógico, é gerar resultados em um curto espaço de tempo.
São inovadoras
A inovação é um aspecto chave nas startups. Isso porque, normalmente, elas trabalham justamente para apresentar soluções ainda não experimentas para o mercado e as pessoas.
Investimento em pesquisas
As startups que se destacam no mercado têm como prática comum investir em planejamento e pesquisas. Se errar faz parte do plano, errar toda hora está longe de ser uma intenção. Justamente por trabalhar com grandes aportes financeiros externos e ter que lidar com a cobrança rápida de resultados, essas empresas tentam ao máximo serem assertivas e fazerem apostas com um plano muito bem elaborado. Ir sem medo, mas com uma base minimamente sólida. Essa é a intenção.
Adeus a grandes burocracias
A alta capacidade de inovação está diretamente ligada à pouca burocracia para a tomada de decisões. Tudo tem que ser mais dinâmico, não há tempo a perder. Trâmites internos nas startups jamais atrapalham a introdução de melhorias para o negócio. Isso as livra de qualquer empecilho que dificulte a adoção de novos processos.
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