Ter o cartão clonado é um dos medos mais comuns de quem usa esse meio de pagamento para compras presenciais ou virtuais. Segundo um levantamento feito pela Febraban, 49% dos usuários de cartão de débito e crédito já sofreram com a clonagem de cartão, que é um dos golpes mais comuns da atualidade.

Mas, apesar de famoso, o golpe do cartão clonado possui muitos detalhes que não são totalmente conhecidos. Por isso, o criamos este conteúdo para te explicar como funciona a clonagem de cartão, o que fazer se você tiver seu cartão clonado e como evitar cair nesse golpe.

Como funciona a clonagem de cartão?

A clonagem do cartão ocorre quando criminosos conseguem ter acesso aos dados do cartão de débito ou crédito da vítima para fazer comprar ou sacar valores.

Antigamente, quando os cartões não possuíam chip de segurança, todos os dados ficavam salvos na tarja magnética do cartão, que é aquela faixa preta que fica na parte de trás do plástico. Mas a tecnologia tinha falhas de segurança e facilitava a clonagem. Para isso, bastava o golpista passar o cartão em sua própria maquininha e copiar os dados.

Por isso, os dados dos clientes passaram a ser armazenados em um chip criptografado, que dificulta a ação de criminosos. Atualmente, a grande maioria dos pagamentos com cartões são feitos por meio do chip e muitas bandeiras, incluindo a Mastercard, já planejam abandonar a tarja nos próximos anos.

Ou seja: a tecnologia evoluiu bastante, mas as técnicas dos criminosos também. A clonagem de cartões não é culpa do banco nem da bandeira de cartão responsável. Inclusive essas instituições costumam desenvolver constantemente novas técnicas de segurança. Além disso, vale lembrar que a clonagem pode ocorrer de várias formas e muitas delas podem ser evitadas pelos próprios usuários.

5 formas de ter o cartão clonado

Existem muitas formas diferentes de se ter o cartão clonado, e muitas delas podem ser facilmente evitadas pelas vítimas. Separamos as cinco fraudes mais aplicadas pelos criminosos. Leia com atenção, veja se você já passou por alguma dessas situações e evite ser vítima da ação dos golpistas.

Phishing

O phishing é uma técnica em que os golpistas coletam dados da vítima por meio de um site ou e-mail falso. Os consumidores são atraídos por ofertas e promessas tentadoras e acabam informando seus dados pessoais, como os do cartão de crédito, por acharem que estão em um site oficial. O phishing é uma das técnicas de engenharia social mais usadas da atualidade.

Maquininha de cartão que clona dados

Nesta técnica, o golpista pede para a vítima digitar a senha do cartão na maquininha antes da hora certa. Com os dígitos da senha exposta, o criminoso diz que se enganou, pega a maquininha de volta e memoriza a senha, podendo usá-la depois. Por isso, é preciso ter muita atenção na hora de fazer pagamentos pela maquininha de cartão.

Compartilhamento de dados

Mandar o número, data de validade e código de verificação por mensagem é muito arriscado, assim como compartilhar fotos da frente e do verso do seu cartão. Por isso, evite compartilhar dados nas redes sociais, até mesmo para pessoas de confiança. Se a conta dessa pessoa for invadida ou ela deixar o perfil aberto em algum dispositivo, qualquer um pode ter acesso aos dados do seu cartão. Mais uma dica: evite colocar o cartão dentro de capinhas transparentes de celular.

Cadastro em aplicativos falsos

Evite cadastrar seu cartão de crédito em aplicativos que você não conhece ou que não passam confiança. Já nos apps seguros e usados com frequência (streaming, transporte e outros), opte pelo cartão virtual, que pode ser facilmente excluído. Também tome cuidado com aplicativos falsos ou que não foram baixados na loja oficial de apps do seu celular, pois eles podem ser um tipo de phishing.

Ter o cartão fotografado em compras presenciais

Fez uma compra presencial e o vendedor pediu para tirar uma foto do seu cartão? Não permita! Com os dados presentes no cartão, o criminoso pode fazer compras, movimentar valores e até mesmo mudar a senha do seu cartão. Também não deixe seu cartão na mão de outras pessoas por muito tempo ou fora da sua supervisão.

Como saber se o cartão foi clonado?

Existem muitas maneiras diferentes de ter o cartão clonado. Então como descobrir se você foi vítima da ação dos criminosos? É possível identificar sinais desse tipo de fraude e, assim, procurar o seu banco para que o problema possa ser resolvido o mais rápido possível. Confira:

Compras não reconhecidas na fatura

O primeiro passo para descobrir se o seu cartão foi clonado é conferir a lista de compras lançadas na fatura. Se você encontrar gastos que não reconhece, tente lembrar aonde você foi na data e hora presentes na fatura. Se a compra realmente não foi feita por você, esse pode ser um sinal de que seu cartão foi clonado.

Mas atenção: o nome de uma loja nem sempre é o mesmo registrado na fatura, já que muitos estabelecimentos usam um nome fantasia diferente do nome oficial de registro.

Notificações de compras indevidas

Outro sinal clássico de que seu cartão foi clonado é a chegada de várias notificações de compra em sequência, com o mesmo valor ou com valores diferentes. Muitas vezes, o próprio banco realiza o bloqueio do cartão automaticamente quando percebe vários registros em sequência. Mas, em alguns casos, é preciso bloqueá-lo pelo app ou telefone.

Realização de saques em locais e horários incomuns

Dinheiro sumindo da conta e notificações de saque em locais e horários não reconhecidos? Esses podem ser sinais de cartão clonado. Alguns criminosos preferem fazer transações menores para chamar menos atenção. Por isso, fique sempre de olho no seu extrato e também nas notificações e SMSs enviados pelo seu banco.

Cartão clonado: o que fazer?

Se você é cliente Inter e suspeita que teve seu cartão clonado, a primeira coisa a fazer é bloquear o seu cartão pelo Super App. Para isso, siga o passo a passo:

  1. Abra o Super App;
  2. Na tela inicial, clique na opção "Cartões";
  3. Selecione o cartão e clique na opção "Bloquear";
  4. Confirme o bloqueio.

Depois, é preciso entrar em contato com a Central de Cartões pelo chat do aplicativo ou pelo telefone (3003-4070 - opção 2 - para capitais e regiões metropolitanas ou 0800 940 0007 - opção 2 - para demais localidades). Por segurança, seu cartão será cancelado na hora e você vai receber uma nova via em breve.

O prazo para contestar compras desconhecidas no cartão é de até 45 após o registro da compra. Mas atenção: compras feitas por parentes ou pessoas próximas não são consideradas fraudes, mesmo que eles não tenham a sua autorização. Esse é mais um motivo para evitar o compartilhamento de dados do cartão.

Fazer um boletim de ocorrência

Além de bloquear o cartão e comunicar o banco, é importante que você registre um boletim de ocorrência. Apesar de não ser obrigatório, o documento pode te ajudar a reivindicar seus direitos caso você tenha algum problema.

Para registrar o B.O., é preciso apresentar documento de identidade e provas de que você teve seu cartão clonado (como faturas de cartão e prints de notificações). O boletim de ocorrência pode ser registrado presencialmente em uma Delegacia de Polícia ou online em uma Delegacia Virtual.

Como evitar cair no golpe do cartão clonado?

Agora que você já sabe como um cartão pode ser clonado e o que fazer, caso for vítima da ação dos criminosos, que tal aprender como evitar cair em um golpe e ter seu cartão clonado? Confira essas as dicas abaixo e não corra riscos na hora de usar seu cartão de crédito ou débito.

  • Compre apenas em sites confiáveis e seguros;
  • Não digite senhas de cartão em compras online, pois elas não são necessárias;
  • Use mais o cartão virtual em compras online;
  • Não clique em links desconhecidos recebidos na internet;
  • Use senhas diferentes para cada cartão ou plataforma;
  • Não deixe vendedores ficarem com o seu cartão fora da sua vista;
  • Evite compartilhar dados do cartão para familiares e amigos;
  • Não deixe ninguém tirar fotos do seu cartão;
  • Fique atento com os valores lançados na fatura ou notificações do banco.

>> Como criar uma senha forte? 

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Célio Ribeiro Assistente de Conteúdo

Jornalista pela UFMG. Mineiro, apaixonado por música e por histórias.

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