Do boom em 2017 até o momento atual o Bitcoin entrou na mira do mercado como uma possibilidade de investimento, ultrapassando a cotação de U$ 20 mil.
Mesmo tendo destaque nos últimos anos, poucas pessoas fora da bolha de investimentos entendem o funcionamento da moeda digital. Ou não conheciam.
Neste post, reunimos 5 características do Bitcoin e respondemos se vale a pena incluir a criptomoeda em sua carteira de investimentos.
Antes de mais nada, o que é o Bitcoin?
O Bitcoin é uma moeda eletrônica de pagamento baseada em uma tecnologia de prova matemática denominada Blockchain que é totalmente desvinculada de instituições financeiras.
A tecnologia Blockchain funciona como um grande registro de informações de cada transação financeira incluindo a quantia de moedas transacionada, quem fez a remessa de moedas, quem recebeu e quando a transferência foi realizada.
Cada conjunto de transações é armazenada em um bloco e cada bloco tem um registro de tempo e data. A cada 10 minutos é formado um novo bloco de transações que se liga ao bloco anterior, e todos eles são verificados e registrados por “mineradores” que atestam a segurança e confiabilidade das transações por meio de inteligência computacional.
O Bitcoin pode ser usado para fazer compras online e, neste sentido, tem a mesma serventia que moedas convencionais como o real, peso, dólar, euro e tantas outras.
5 Características do Bitcoin
1. Escassez
A tecnologia utilizada para a “confecção” do Bitcoin é 100% digital e está condicionada a um algoritmo que possui um teto de geração para novas moedas, o que torna o ativo financeiro mais raro e sujeito à valorização, conforme a demanda por ele aumenta.
2. Descentralização: Qualquer um pode criar sua própria moeda
Em 2008, um grupo de voluntários criou um código open source que pode ser copiado e adaptado para diferentes sistemas. A partir deste código original, várias empresas criaram suas próprias moedas digitais.
3. Armazenamento de transações
Por causa da tecnologia de blockchain cada detalhe da transação com Bitcoin fica registrado em uma grande cadeia de blocos, acessível para vários computadores.
Em resumo, qualquer pessoa que tenha acesso à rede pode obter informações detalhadas sobre todas as transações. No entanto, os endereços públicos de Bitcoin não estão vinculados à nome, endereço ou outras informações pessoais dos donos, garantindo assim o total anonimato de quem negocia criptmoedas.
4. Transações irreversíveis
Uma característica do Bitcoin é que uma vez que a transação é realizada ela fica armazenada em um bloco de informações imutável, ou seja, esse mesmo Bitcoin não pode ser usado mais de uma vez e a transação se torna irreversível.
Essa característica representa um risco para o investidor, afinal, se você faz uma transferência ou compra errada não pode reverter o valor gasto.
5. Investimentos tributáveis
Mesmo sendo independentes de instituições financeiras, os investimentos em Bitcoin também são tributados pelo Imposto de Renda (IR). A regra vale para lucros acima de R$35 mil.
Vale a pena investir em Bitcoin?
As criptomoedas dão mais autonomia para o investidor, mas exigem um grau de responsabilidade para negociá-las, já que as transações não podem ser revertidas após serem registradas.
Outro ponto a ser considerado é que o ativo não é regulamentado pelo Banco Central ou por nenhuma instituição financeira, portanto, não existe nenhum mecanismo que “proteja sua aplicação”. Sendo assim, investimentos em criptmoedas são indicados para perfis arrojados e sofisticados, que já tem parte de seus patrimônios investidos em ativos de renda variável e tem mais conhecimento de mercado.
Antes de investir, recomendamos que leia mais conteúdos sobre o assunto e, caso não se sinta seguro, procure por corretoras especializadas. A seguir, trouxemos uma novidade sobre Bitcoin que pode animar possíveis investidores.
Como declarar Bitcoin no Imposto de Renda?
Se você quer saber como declarar criptomoedas no Imposto de Renda, comece reunindo informações sobre todas as suas transações, como datas e valores. Na declaração, vá até a parte chamada "Bens e Direitos" e use o código correto para descrever suas moedas digitais.
Não esqueça de informar todas as ações, como comprar, vender, transferir entre plataformas e até mesmo mineração, se for o caso. Ter um registro organizado e buscar ajuda de um contador que entenda de criptomoedas pode tornar o processo mais simples e garantir que você esteja em conformidade com as regras fiscais.
Inter e Vitreo anunciam parceria em produtos de investimentos
De olho no amadurecimento da indústria de investimentos, a chamada indústria 3.0, o Inter e a Vitreo DTVM anunciaram uma parceria para disponibilizar fundos deste segmento, que eram exclusivos ao portfólio da Vitreo.
Os dois primeiros fundos da Vitreo que entram na prateleira do Inter são: CriptoMoedas e CriptoMetals Blend, e que já podem ser acessados pelo Inter Invest.
O terceiro, o fundo Tech Select, que investe nas em empresas gigantes de tecnologia como Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google, ficará disponível a partir do dia 15 de março.
Além do Bitcoin, o Fundo CriptoMoedas é composto por Altcoins – moedas digitais com algoritmos diferentes e de menor valor de mercado em relação ao Bitcoin, mas que ajudam a compor uma carteira mais diversificada.
Por enquanto, os novos produtos, estarão disponíveis apenas para investidores qualificados - se você tem mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras ou uma das certificações técnicas aceitas pela CVM.
Quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mercado financeiro?
Acompanhe o Inter Invest no Twitter, e o podcast Inter Invest, nas principais plataformas de áudio.